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Copa do Mundo 2026: momento é de planejamento para comprar dólar

Dólar acumula queda de 13,6% no último ano, mas momento de incerteza dificulta prever a continuidade da queda

Final da Copa do Mundo será no dia 19 de julho, no Metlife Stadium, em Nova Jersey

Com a abertura da Copa do Mundo de 2026 em pouco menos de um ano, marcada para o dia 11 de junho, o momento para quem quer assistir o mundial presencialmente é de começar a se planejar. A edição do principal torneio de seleções será realizada pela primeira vez em três países sede: Estados Unidos, Canadá e México.

Com o dólar em R$ 5,33, acumulando uma queda de 13,6% no último ano, quem planeja viajar já deve começar a adquirir a moeda. Na avaliação do diretor de operações internacionais do Inter, Cássio Segura, não vale a pena esperar novas quedas, uma vez que o cenário global ainda é de incerteza.

“Com certeza, o momento de começar a se planejar e adquirir moedas é agora. Por diversos fatores: não controlamos o preço do dólar. Dado o momento de incerteza global, prever os preços futuros está mais complexo e, quando nos planejamos com antecedência, controlamos melhor nossos fluxos de recursos”, explicou.

Entenda a queda do dólar

Neste ano, o real é uma das principais moedas que ganhou força ante o dólar, que passa por um período de depreciação global. O movimento ocorre no momento em que os investidores trabalham em uma estratégia de carry trade, que consiste basicamente em tomar empréstimo em um país com juros menores e investir em títulos de renda fixa no país.

Com a Selic em 15% ao ano, e os juros nos EUA no intervalo entre 4% e 4,25%, essa diferença levou a uma desvalorização acentuada da moeda americana. Nesse cenário, investir em dólar é uma das melhores maneiras de diversificar a carteira.

“Dólar especificamente tem se mostrado, ao longo do tempo, uma excelente opção de diversificação com retornos superiores a diversas classes de ativos. Investidores que planejam e mantém consistência no longo prazo, têm tido sucesso independentemente do momento. Já investidores que buscam tentar acertar o timing do mercado, normalmente têm maior dificuldade de acerto e obtêm retornos inferiores”, explicou Cássio Segura.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.