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Dólar fecha estável com paralisação nos EUA causando apagão de dados

Dados do emprego nos Estados Unidos seriam divulgados nesta sexta-feira (3), mas foram adiados devido ao ‘Shutdown’

Moeda teve queda de 0,11% na semana

O dólar foi cotado nesta sexta-feira (3) com uma leve queda de 0,02%, praticamente estável, a R$ 5,33. Na semana, a moeda americana teve uma desvalorização de 0,11%, com investidores mostrando cautela frente a paralisação do governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

A falta de financiamento das agências federais americanas causou o adiamento da divulgação dos dados do “Payroll”, o relatório de empregos do setor privado. O índice é um dos principais indicadores da economia americana, usado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central, como uma das bases para a política monetária.

No momento em que a autoridade monetária iniciou um ciclo de cortes, levando a taxa para o intervalo de 4,00% a 4,25% ao ano, a falta de dados da economia causa incerteza para os investidores. O índice do dólar (DXY), que mede a força do câmbio frente às principais moedas do mercado, teve uma queda de 0,44% na semana, a 97,72 pontos.

O “shutdown” ocorreu com a falta de acordo entre republicanos e democratas para votar o orçamento federal, ou a prorrogação da atual peça orçamentária. A oposição quer usar a paralisação para recuperar parte dos recursos que foram bloqueados por Trump, e manter os subsídios de saúde que expiram no final do ano.

Nesta sexta-feira, duas propostas de orçamento foram rejeitadas pelo Senado. Os governistas conseguiram apenas 54 dos 60 votos necessários para aprovar a medida. Como retaliação, Trump decidiu congelar o financiamento de US$ 2,1 bilhões para o financiamento do transporte público em Chicago.

Bolsa tem leve alta, mas semana foi de queda acentuada

O Ibovespa fechou o dia com um avanço de 0,17%, a 144.200,65 pontos, após uma quinta-feira (2) com queda de 1,08%. A principal notícia do dia foi o indicador de produção industrial, que cresceu mais do que o esperado e subiu 0,8% em agosto, interrompendo a sequência de quatro meses de queda.

Porém, os investidores seguem atentos ao risco fiscal da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi aprovada na noite de quarta-feira (1º).

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.