‘Tudo pela metade do dobro’: ‘black fraude’ é identificada em BH; veja itens

Entre os itens que podem ser enquadrados na black fraude, estão celulares e o robô de limpeza

Em alguns casos, preço do celular só tem desconto se cliente fizer plano

O consumidor deve redobrar a atenção para não cair em pegadinha na Black Friday. A Itatiaia e o site Mercado Mineiro acompanham a evolução dos preços há vários dias e, nesta sexta-feira (28), já identificaram produtos com preços que passam longe das promoções. É chamada “black fraude”, nome dado por internautas que sempre vem acompanhado da frase ‘tudo pela metade do dobro’.

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“Acontece o seguinte: o pessoal tira o preço das ofertas, aumenta os valores e agora volta como o preço da oferta de 15 dias atrás. Isso acontece com muito. Agora, tem uns produtos isca que são realmente bem interessantes, com 40, 50% de descontos nos supermercados”, disse Feliciano Abreu, diretor do site Mercado Mineiro. Ele circula por vários estabelecimentos da capital, para verificar se é Black Friday ou “black fraude”.

Entre os itens que podem ser enquadrados na “black fraude”, estão celulares e o robô de limpeza. “De imediato te falo do robô limpador e dos aparelhos celulares. A gente não achou desconto nenhum. Parece que o pessoal está muito focado em fazer o plano de conta que deixa o cliente agarrado”, disse Feliciano.

Por outro lado, o diretor do site Mercado Mineiro identificou promoções de Air Fryer e de bebidas destiladas. Nesse caso, Feliciano ressalta que pode ter relação com a queda da demanda registrada em meio aos casos de contaminação por metanol, registrados nos últimos meses, especialmente no Estado de São Paulo.

A Black Friday deve registrar o maior volume de vendas na ordem de R$ 5,4 bilhões, de acordo com projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O montante representa um aumento de 2,4% em relação ao resultado de 2024, dando um impulso ao comércio neste ano.

Em BH, o movimento no Centro começou 7h, com registro de filas. Para muitos consumidores, pesquisar antes de comprar tem sido essencial para garantir bons negócios. Já outros relatam frustração com preços que, na prática, não correspondem às ofertas anunciadas.

A doméstica Magda Lúcia Costa foi ao Hipercentro em busca de uma televisão de 43 polegadas. Ela pretendia pagar cerca de R$ 1.200, parcelado em duas ou três vezes, e destacou a importância da comparação prévia de preços. “Tem que pesquisar, porque em outros lugares tá mais caro. Aqui tá no preço bom”, disse.

Apesar de consumidores satisfeitos, há quem reclame da falta de transparência em algumas redes. Maria Aparecida, por exemplo, contou ter ido em busca de um creme que costuma comprar por R$ 90 e que, segundo a gerência, seria vendido por R$ 39 na Black Friday — mas o desconto prometido não apareceu. “Não tá cumprindo, não. Eu sempre comprei ele por R$ 90. Falaram que ia ser R$ 39 e não foi”, afirmou.

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.

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