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Monges, poupadores, gastadores e evitativos: os quatro arquétipos que moldam nossa relação com o dinheiro

Educador espanhol explica como padrões inconscientes influenciam nossas decisões financeiras

Existem quatro tipos de pessoas quando o assunto é a relação com o dinheiro, segundo especialista

No podcast ‘La Fórmula’, o especialista espanhol em desenvolvimento pessoal e educação financeira Sergio Fernández apresentou os quatro arquétipos que, segundo ele, definem a forma como cada pessoa se relaciona com o dinheiro: o poupador, o gastador, o evitativo e o monge. “Às vezes somos uma mistura de todos, mas sempre há uma energia predominante”, explicou.

Fernández, que dirige o Instituto Pensamiento Positivo e é autor de livros sobre o tema, defende que o equilíbrio entre as quatro dimensões humanas - física, emocional, mental e espiritual - é o que permite uma vida com propósito. Para ele, o autoconhecimento financeiro é parte essencial desse processo.

Ao descrever os arquétipos, ele começa pelo poupador: “Está sempre com os olhos no futuro, pensando na aposentadoria, na educação dos filhos ou na casa própria. Por isso, sacrifica o consumo presente”. Já o gastador é o oposto: “Diz ‘não sei se estarei vivo amanhã, então vou aproveitar’. Gosta de sair, curtir a vida, comprar algo na promoção”.

Sobre o evitativo, afirma: "É quem não quer saber de dinheiro, não sabe quanto ganha ou quanto gasta. Isso é muito comum em sociedades latinas”. Ele critica a falta de consciência tributária: “A maior parte das famílias gasta mais com impostos do que com qualquer outra coisa, mas prefere não saber. Quando você encara a verdade, a única saída é agir”.

Por fim, há o monge, que enxerga o dinheiro como algo negativo. “Diz coisas como ‘o dinheiro é a raiz de todos os males’. Mas o problema não é o dinheiro - é a ignorância financeira e a falta de prioridades que causam conflitos familiares”.

Ao longo do episódio, Fernández também destacou a importância do planejamento financeiro de longo prazo, do poder dos juros compostos e de hábitos saudáveis, como alimentação, sono e ambiente, como aliados do crescimento pessoal. “Contar a verdade para si mesmo, sem anestesia, é o primeiro passo para a liberdade”, conclui.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.