E a crise na Câmara de Belo Horizonte envolveu de vez o Estado. Na manhã desta segunda-feira (4), o secretário de Estado de Casa Civil do governo Zema, Marcelo Aro, passou a articular a produção de uma nota conjunta com o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), 23 vereadores e 14 deputados estaduais solicitando uma audiência com o governador para cobrar uma posição do Novo sobre o pedido de cassação e afastamento de Gabriel Azevedo (sem partido) da Câmara Municipal.
A coluna apurou que as assinaturas ainda estão sendo coletadas, principalmente na Assembleia, onde Aro tem recebido o apoio de deputados ligados a ele e também ao PSD de Fuad Noman.
Alvo do questionamento, o Novo tem três vereadores na Câmara: Marcela Tropia, Fernanda Altoé e Braulio Lara. Na sessão da última sexta, Marcela e Braulio atuaram ativamente para ajudar a estratégia de Gabriel em atrasar e gastar tempo com a sessão. Já Altoé se absteve - o que, na prática, acaba ajudando Gabriel, uma vez que a aprovação do pedido de cassação ou afastamento precisa de 21 votos favoráveis para ser aberto.
Atualmente, o grupo ligado ao presidente da Casa, Gabriel Azevedo, tem indicado possuir 14 membros - contando com os três do Novo. Uma mudança de posição, mesmo que só de um dos parlamentares, pode ser decisiva para o processo.
