Um grupo de 55 homens e três mulheres
De acordo com dados do governo federal,
Entre os que retornaram está Eugênio Moura, de 44 anos, que passou 22 anos nos EUA. Ele relatou ter sido preso enquanto tentava regularizar sua situação nos EUA: “Na hora que fui colocar meus dedos no reconhecimento, a imigração chegou e me agarrou sem eu saber o que estava acontecendo”, disse. Segundo Moura, seus advogados continuam acompanhando o caso.
Carlos Alexandre de Moraes, de 23 anos, esteve nos EUA por quatro anos. Apesar de ter conseguido “trabalhar e juntar um pouco de dinheiro”, reconheceu que o retorno não estava planejado e alertou: “É um momento bem crítico para ir para os Estados Unidos”. Seu irmão, Emerson, celebrou o retorno: “Agora ele está em casa e não passará mais pelo que passou”.
Saiba por que os deportados brasileiros desembarcam no Aeroporto de Confins EUA: Saiba quantos brasileiros foram deportados nos governos Obama, Trump e Biden
Gustavo Henrique Marinho de Carvalho, de 23 anos, que morou nos EUA por sete anos, descreveu o país como “uma grande oportunidade” e detalhou como foi abordado por policiais: “Eu tinha terminado de trabalhar e acabou que eles me pegaram assim mesmo. Queriam nem saber, pegaram minhas coisas e me agarraram”, contou.
O gerente de projeto da operação, Paulo Víctor Rezende, afirmou que o objetivo é “dar dignidade para essas pessoas, para que possam chegar até suas famílias da melhor forma possível, sem violação de direitos humanos”. Ele ressaltou que ouvir e falar português e ter comida brasileira faz diferença no retorno ao país.
Segundo Rezende, o Ministério das Relações Exteriores mantém negociações com os EUA para aumentar a frequência de voos, reduzir o tempo de detenção e garantir que os deportados fiquem detidos pelo menor tempo possível, com as algemas sendo retiradas antes do desembarque ou do pouso.