O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um
Nesta terça-feira (14), o MP anunciou que denunciou o militar por duplo homicídio qualificado, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego de arma de fogo de uso restrito. A denúncia foi encaminhada a Justiça, que ainda vai definir se irá aceitá-la.
Corpos de irmãos mortos por PM em Esmeraldas (MG) são velados em clima de revolta nesta terça (12) PM sobre morte de irmãos em Esmeraldas, na Grande BH: ‘legítima defesa’
Além de requerer a condenação do militar, o MP pediu que a Justiça determine que o policial pague R$ 200 mil de indenização aos familiares das vítimas. A quantia seria para custear os gastos com deslocamento, velório e funeral, além de ressarcir a família pelos danos morais.
Segundo a denúncia, o militar efetuou os disparos durante uma confusão entre as pessoas que estavam na cavalgada e a Polícia Militar. O MP afirma que os irmãos foram baleados na frente das esposas e dos filhos, e que teriam sido socorridos pelos PMs sem os cuidados necessários.
“As apurações apontaram que um dos homens morreu a caminho do hospital, enquanto o outro faleceu após ser hospitalizado”, informou o órgão.
Relembre o crime
Rafael Francisco Vieira da Silva, de 27 anos, e Branio José Vieira da Silva, de 29, foram mortos durante uma festa que celebra o padroeiro da cidade, na noite do dia 10 de março do ano passado.
De acordo com a Polícia Militar, os agentes tentavam separar a confusão quando uma das vítimas agrediu um militar com um canivete no pescoço. Para se defender, na versão da corporação, o colega atirou nos dois homens. Eles foram socorridos pela polícia para o Hospital Municipal 25 de Maio, mas não resistiram.
No entanto, a versão dos familiares das vítimas e moradores de Esmeraldas é diferente. Segundo uma testemunha, o
Familiares questionam versão da PM
O tio das vítimas disse que
“Eles não tinham fama de briga, pode perguntar para o pessoal. Muita gente aí vai falar como eram os meninos. Todo mundo tá assustado, até gente não é da família. Foi covardia. Dizem que o problema era de uma outra pessoa, eles foram entrar no meio e aí aconteceu o que aconteceu”, completou.
O homem rebateu a versão da PM, de que um dos sobrinhos teria tentado atingir um policial com golpe de canivete no pescoço. “Isso é eles que estão inventando, sô. Eles vão falar que fizeram por querer?”.
Após a morte de Rafael e Branio, a comunidade local se revoltou. “O ato, marcado pela violência extrema e pelo completo desrespeito à vida humana, deixou a comunidade em luto e indignação”, escreveram nas redes sociais.
No dia seguinte ao assassinato dos jovens,