A esteticista Alice Martins Alves, mulher trans de 33 anos, que morreu no último domingo (9)
A mulher disse na avaliação que “o atendente foi extremamente agressivo” e que ela quase foi agredida. “Só não fui porque sentei com outras meninas que estavam de prova”, disse. O print da avaliação foi enviado à Itatiaia pelo advogado da família, Tiago Lenoir.
Alice também mencionou que o funcionário disse que ela não pagou a conta e que “teria que pagar de qualquer forma ou não sairia de lá". “Lugar bem pesado e os atendentes meio duvidosos... Enfim, não volto mais”, afirmou. Veja:
Avaliação de Alice sobre o Rei do Pastel
Alice, porém, acabou retornando ao bar no dia 23 de outubro e, quando deixou o estabelecimento para voltar para casa, foi abordada por dois funcionários, que a espancaram. Eles só pararam porque um motociclista impediu as agressões e acionou a Polícia Militar e o Samu.
No dia da agressão, Alice chegou a ser atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi liberada. Em casa, ela continuou sentindo fortes dores e foi a um hospital particular de Contagem, na Grande BH, no dia 26 de outubro. Ela teve costelas quebradas e outras lesões graves, incluindo uma perfuração no intestino.
No dia 9 de novembro, Alice não resistiu e morreu em um hospital particular de Betim, na Grande BH. Ela teve uma piora no estado de saúde ao longo dos dias, perdeu 10kg e tinha dificuldade para comer, além de dores intensas.
Os dois funcionários do “Rei do Pastel” já foram identificados, e a polícia está atrás deles. A Polícia Civil também apura se houve transfobia. A investigação está sob sigilo.
O “Rei do Pastel” se pronunciou sobre o caso.
Saiba tudo sobre o caso:
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