Em entrevista à Itatiaia, Edson Alves Pereira, pai de
Segundo Edson, há meses Alice vinha demonstrando medo de sair de casa.
Pai de mulher trans morta em BH relata que filha pressentia algo ruim: ‘medo’
— Itatiaia (@itatiaia) November 11, 2025
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Crime de ódio aconteceu em 23 de outubro
De acordo com o pai, os agressores a esperaram na Rua Sergipe, quando ela atravessava em direção à Avenida Getúlio Vargas, após sair de uma lanchonete. “Eles estavam esperando ela. Quebraram o nariz, várias costelas, e ainda pisaram nas pernas dela”, contou. A Polícia Civil busca imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado o crime.
Depois da agressão, Alice apresentou vômitos e dificuldade para se alimentar. Ela ficou internada por duas semanas em um hospital da capital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (9).
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o caso será investigado pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A suspeita é de crime de ódio motivado por transfobia. Até o momento, ninguém foi preso.
Brasil é o país que mais mata pessoas trans
O Brasil é, pelo 17º ano consecutivo, o país que mais mata pessoas trans no mundo. Em 2024, 105 pessoas trans foram assassinadas no país, segundo o relatório Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024 – da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira, da Rede Trans Brasil.
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(Sob supervisão de Alex Araújo)