A empresa “Lacerda Alimentação Ltda.”, responsável pelas refeições oferecidas no Hospital Júlia Kubitschek, emitiu posicionamento após divulgação de laudo da Vigilância Sanitária do Município de Belo Horizonte que
Os testes foram realizados após, pelo menos,
Em nota enviada à Itatiaia, a empresa afirmou ter tomado conhecimento da divulgação de trechos parciais do inquérito da Vigilância Sanitária sobre o episódio ocorrido no Hospital Júlia Kubitschek e garantiu que providências foram tomadas.
“Desde o início, a empresa adotou todas as medidas necessárias, reforçou seus controles e tem colaborado integralmente com as autoridades, com total transparência. A investigação completa ainda está em andamento, e aguardamos a conclusão oficial”, afirmou a Lacerda Alimentação Ltda.
A empresa afirmou que “mantém seus procedimentos operacionais sob acompanhamento da Vigilância Sanitária e reforça seu compromisso com a segurança alimentar, responsabilidade e transparência em todas as etapas, alinhado à sua trajetória de mais de 30 anos no setor”.
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‘Não há comprovação de vínculo’
Na nota, a Lacerda Alimentação Ltda. alegou, ainda, que não há comprovação entre as refeições servidas pela empresa e os sintomas relatados pelos servidores do Hospital Júlia Kubitschek.
“Até o momento, não há comprovação de vínculo entre as refeições servidas e os sintomas relatados. No dia dos fatos, foram distribuídas 903 refeições — 498 no refeitório e 405 a pacientes e acompanhantes — sem registro de sintomas entre estes últimos, que consumiram exatamente a mesma preparação”, afirmou.
Leia a nota na íntegra:
“A empresa informa que tomou conhecimento da divulgação de trechos parciais do inquérito da Vigilância Sanitária sobre o episódio ocorrido no Hospital Júlia Kubitschek.
Desde o início, a empresa adotou todas as medidas necessárias, reforçou seus controles e tem colaborado integralmente com as autoridades, com total transparência. A investigação completa ainda está em andamento, e aguardamos a conclusão oficial.
Até o momento, não há comprovação de vínculo entre as refeições servidas e os sintomas relatados. No dia dos fatos, foram distribuídas 903 refeições — 498 no refeitório e 405 a pacientes e acompanhantes — sem registro de sintomas entre estes últimos, que consumiram exatamente a mesma preparação.
A empresa mantém seus procedimentos operacionais sob acompanhamento da Vigilância Sanitária e reforça seu compromisso com a segurança alimentar, responsabilidade e transparência em todas as etapas, alinhado à sua trajetória de mais de 30 anos no setor.”
Relembre o caso
Pelo menos 110 servidores passaram mal após consumirem a comida do refeitório do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), no bairro Milionários, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. Os problemas começaram a ser registrados no dia 8 de outubro. Os profissionais alegam problemas gastrointestinais, como náusea, diarreia e vômito, além de cólicas.
O número é apontado pelo Sind-Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), o sindicato dos trabalhadores da Rede SUS. Segundo o órgão, pelo menos mais dez funcionários foram atendidos com quadro de intoxicação alimentar no hospital no dia 9 de outubro.
Laisa Alves, que trabalha no ambulatório da saúde da mulher do HJK, contou que almoçou no hospital nessa quarta e durante a noite já começou a sentir mal-estar e náuseas, o que se prolongou até a manhã de hoje. Ela reclamou, ainda, da falta de atendimento na unidade de saúde.
Sindicato denunciou más condições de alimentação
A intoxicação generalizada traz luz a outros problemas denunciados pelo Sind-Saúde/MG em relação à responsável pela alimentação do hospital. Segundo o sindicato, os funcionários alegam, por exemplo, má higienização dos utensílios.
Além disso, os servidores já apontam para uma sobrecarga no atendimento devido ao número de médicos e enfermeiros hospitalizados.
Neuza Freitas, diretora-executiva do Sind-Saúde/MG, especificou os problemas enfrentados pelos servidores no que diz respeito a alimentação do HJK.
“Nós temos problema com a alimentação no Júlia há anos. Já foram feitas diversos relatos com a imprensa. Nossos maiores problema são os vasilhames sujos, a qualidade da alimentação e, muitas das vezes, nós pedimos para trocar esses vasilhames. São bandejas, pratos, talheres muito sujos. As reclamações vêm de tempos, com todas as empresas terceirizadas praticamente”, apontou ela.