O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou, em nota enviada à Itatiaia nesta terça-feira (25) que não anulará outras questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo após a revelação de que outras duas questões da prova foram
“A avaliação técnica da autarquia é a de que a eventual memorização parcial e aleatória entre as milhares de questões pré-testadas para o Enem nos últimos anos não compromete a integridade do exame”, dizia a nota enviada pelo órgão.
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Enem já precisou ser reaplicado em 2011 por vazamento de questões no CE; relembre ‘Enem 2025 não será cancelado’, afirma o ministro da Educação, Camilo Santana
Universitários memorizavam questões
Edcley pagava estudantes universitários para realizarem provas onde questões do Enem eram testadas, como o Prêmio Capes Talento Universitário.
O rapaz pagava R$ 10 por questão para que os alunos memorizassem as questões e o entregassem. Depois, ele colocava as questões em apostilas ou grupos de WhatsApp dos alunos para os quais ele dava mentoria.
Sobre a semelhança das questões, ele relatou ter aprendido “com profundidade a tendência do Enem”.
Quem é Edcley?
Edcley de Souza Teixeira é aluno de medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) e vende monitoria para estudantes que também buscam uma aprovação. Nas redes sociais, Edcley publica conteúdos de preparação para o Enem e, principalmente, exercícios semelhantes aos do exame.
O rapaz se apresenta como um monitor e vende consultorias para vestibulandos que buscam aprovação em faculdades federais e já conta com mais de 20 mil seguidores.
Após ser alvo de críticas e especulações, o universitário publicou uma série de stories no qual explica o próprio método. “É claro que eu acertei o Enem inteiro. Porque o Enem inteiro é repetido”, disse.
O estudante também disse ter “seguido” professores responsáveis por montar as questões do Enem, lendo os artigos produzidos por eles. De acordo com Edcley, essa estratégia ajudou ele a entender melhor o exame.