O universitário
Edcley, que estuda medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) vende monitoria para estudantes que desejam ingressar em faculdades federais. E
O caso gerou revolta entre estudantes, que acusaram o INEP de vazar a prova para alguns alunos. Porém, essa não é a primeira vez que há situações parecidas com essa.
Reaplicação da prova em 2011
Em 2011, 639 alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, no Ceará, precisaram refazer as provas do Enem devido ao vazamento de questões da prova.
Segundo o g1, na época, o Inep informou que não houve vazamento e também acionou a PF para investigar como os alunos tiveram acesso às questões da prova.
O colégio afirmou que os exercícios estavam em um banco alimentado por professores, alunos e ex-alunos, e que parte deste banco pode ter vindo de estudantes que fizeram o pré-teste do Enem em 2010.
Os alunos da escola realmente participaram da prova, segundo o Ministério da Educação, mas nenhum deles poderia copiar, reproduzir ou manter as questões em bancos, uma vez que o material deveria ser incinerado após a aplicação.
Professor condenado
Jahilton José Motta, um professor da escola, foi condenado em 2013 por fraude em certame público e estelionato devido ao caso, mas foi absolvido posteriormente, assim como outras quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal.
A defesa de Jahilton afirmou que ele não sabia que o conteúdo era ilícito, uma vez que o banco do colégio era extenso e tinha questões em formato semelhante ao do Enem.
O professor foi declarado inocente de todas as acusações em 2016. A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região concluiu que não havia provas de que Jahilton tivesse agido com intenção ou ciência da origem das questões.
Veja o que diz o Inep sobre o Enem 2025
Leia, na íntegra, a nota do Inep sobre o Enem 2025:
“O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reafirma a isonomia, lisura e validade das provas do Enem 2025.
2 - Ao identificar relatos de antecipação de questões similares às do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, a equipe técnica que faz parte da comissão assessora responsável pela montagem das provas analisou as circunstâncias e decidiu, com base em informações sobre a montagem do teste, pela anulação de três itens aplicados na prova.
3 - O Enem utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI) para apuração de seus resultados. A metodologia demanda que os itens sejam pré-testados. Os estudantes que participam de pré-testes têm contato com itens que podem vir a compor o Enem em alguma edição.
4 - Nenhuma questão foi apresentada tal qual na edição de 2025 do exame. Na divulgação observada nas redes sociais, foram identificadas similaridades pontuais entre os itens.
5 - A Polícia Federal foi acionada para apurar a conduta e autoria na divulgação das questões e garantir a responsabilização dos envolvidos por eventual quebra de confidencialidade ou ato de má-fé pela divulgação de questões sigilosas de forma indevida.”