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Operação Carbono Oculto: produtores de etanol e distribuidoras apoiam ação contra PCC

Esquema do PCC envolvia usinas de cana-de-açúcar e empresas de distribuição de combustíveis

Autoridades fazendárias estimam que o esquema criminoso tenha sonegado mais de R$ 7,6 bilhões

Entidades representantes de produtores de etanol e de empresas de distribuição de combustíveis manifestaram apoio à “Operação Carbono Oculto”, deflagrada nesta quinta-feira (28) contra um esquema do PCC que envolvia usinas de cana-de-açúcar e empresas de distribuição de combustíveis.

A Bioenergia Brasil, o Instituto Combustível Legal (ICL), o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (SINDICOM) e a União da Indústriade Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) assinaram um comunicado em conjunto que foi divulgado à imprensa.

“O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente, que valorize empresas idônease inovadoras. Justamente por isso, a operação, que dá continuidade a outras medidas já executadas pelo governo paulista — como a responsabilidade solidária dos postos de combustíveis — garante a ordem e a segurança necessárias aos cidadãos de bem”, disseram em comunicado.

As entidades parabenizam o Governo do Estado de São Paulo, o Ministério Público, a Procuradoria Geral de São Paulo (PGE-SP), as Polícias Federal, Civil e Militar, a Receita Federal e a Secretaria da Fazendade São Paulo “pela firme atuação na defesa da legalidade, da livre concorrência e da sociedade brasileira” na “mais ampla operação já deflagrada no Brasil contra a atuação do crime organizado no setor de combustíveis”.

Megaoperação

Uma megaoperação, pela “Operação Carbono Oculto”, composta por cerca de 1.400 agentes, cumpre nesta quinta-feira (28) mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A ação tem o objetivo de acabar com um esquema criminoso no setor de combustíveis, comandado por integrantes do PCC.

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As autoridades fazendárias estimam que o esquema criminoso tenha sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. Mais de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, são suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato.

As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no Brasil. O PCC tem lesado não apenas os consumidores que abastecem seus veículos, mas toda uma cadeia econômica ligada aos combustíveis.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.