Setores representativos do agronegócio mineiro e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) assinaram, na manhã desta segunda-feira (13), um Protocolo de Intenções para Prevenção de Incêndios no Meio Rural. O objetivo é unir esforços entre o poder público e o setor produtivo na prevenção e combate a queimadas que atingem propriedades rurais e áreas de preservação no estado.
A comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan, ressaltou a importância das parcerias para ampliar o alcance das ações.
“Poderíamos ter o maior efetivo possível, mas não há bombeiros em todos os lugares onde há incêndios. É essencial trazer o produtor rural para esse processo de prevenção e conscientização”, afirmou.
O secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Thales Fernandes, destacou que a iniciativa busca agir antes que o fogo se alastre. “Todos os protocolos têm foco em prevenção e agilidade para que o fogo não se estenda. Vamos alertar o produtor com um trabalho educativo, com o apoio dos técnicos da Emater, do Sistema FAEMG e de outras instituições parceiras”, disse.
O presidente do Sistema FAEMG/Senar, Antônio de Salvo, lembrou que a maioria dos focos de incêndio começa às margens das estradas. “Vamos fazer o que for necessário para que a gente possa seguir sem fogo e com paz”, resumiu.
Representando o Sistema OCEMG, Geraldo Magela reforçou o comprometimento das cooperativas com a causa, enquanto o presidente da Emater-MG, Otávio Maia, afirmou que a nova parceria representa “mais uma força-tarefa em torno de objetivos comuns”.
A presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, também destacou a importância da prevenção. “Se Minas sabe plantar, sabe cuidar. O problema não é o fogo, o problema é dar as costas a ele. A burocracia também gera incêndios. Com essa parceria, já conseguimos formar cerca de 1.800 brigadistas”, explicou.
Já o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, lembrou que o setor da cana-de-açúcar mantém uma estrutura própria para enfrentar incêndios, mas que a integração é fundamental.
“Trabalhamos para afastar o fogo, porque ele prejudica não só a safra atual, mas as próximas. Sozinhos, não damos conta. Precisamos ampliar a conscientização e transformar esse protocolo em uma grande campanha”, defendeu.
Campos também mencionou o lançamento recente de um manual de combate a incêndios florestais, que está sendo distribuído a municípios e propriedades rurais.
O Protocolo de Intenções para Prevenção de Incêndios no Meio Rural marca um novo passo na articulação entre o setor agropecuário e as forças de segurança de Minas, com o propósito de reduzir os impactos ambientais e econômicos das queimadas e fortalecer a cultura de prevenção no campo.