Produtores rurais do Noroeste de Minas agora contam com reforço na segurança contra
“A instalação dessa base operacional cumpre um papel muito importante de proteção do agronegócio, principalmente numa região que tem uma participação expressiva no PIB agropecuário do estado. Por isso, o Corpo de Bombeiros Militar dedicou para lá caminhonete 4x4 e militares que vão se revezar até o final do mês de outubro, justamente para prevenir o risco de incêndio em vegetação, realizando a conscientização, campanhas educativas com as comunidades, comerciantes e produtores rurais”, explicou o Tenente Henrique Barcellos, porta-voz Corpo de Bombeiros Militar à Itatiaia.
A base operacional também terá abrangência em parte dos municípios da região Norte como Buritizeiro, Três Marias, Pirapora, Várzea da Palma, entre outros. Ao todo, 32 militares irão se revezar até o final de outubro, tendo à disposição caminhonetes equipadas com kits de combate a incêndio florestal. As equipes também realizam a prevenção, conscientizando produtores rurais e comerciantes sobre os riscos e prejuízos causados pelo fogo.
Região estratégica
Segundo a Superintendente de Fomento Florestal da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), Taiana Arriel, a região Noroeste é estratégica na produção agrícola e com uma expressiva concentração de produtores rurais e grandes empresas do agronegócio. Sendo assim, torna-se vulnerável quanto a ocorrência de incêndios florestais durante o período de estiagem.
O município de Paracatu se destaca com a maior área irrigada do país, com mais de 81 mil hectares, seguido por Unaí, com 77 mil hectares, o que consolida a região como modelo de eficiência agrícola e ambiental.
Entre as principais culturas irrigadas da região, a soja se sobressai, ocupando uma área plantada de 122 mil hectares e gera um valor de produção estimado em R$ 597 mil. Além da soja, outras culturas relevantes incluem o milho, o feijão, a cana-de-açúcar, entre outras. A atividade de florestas plantadas somente na região noroeste ocupa área de 187 mil hectares, dentre grandes empresas e produtores florestais de menor porte.
“Por isso essa ação de reforço, quanto ao apoio a esses incêndios quando ocorrem, é de suma importância, já que no meio agrícola, as perdas podem ser irreparáveis dentro das lavouras, dentro dos plantios, Trazendo aí muito prejuízo, tanto na contenção quanto na reparação dos danos à vegetação”, pontuou Arriel à reportagem.