Foram retomados na manhã desta sexta-feira (08/08) os trabalhos no Tribunal do Júri do Fórum Dr Geraldo Perlingeiro de Abreu, da Comarca de Timóteo, julgamento do Caso Caio Domingues.
Este é o terceiro dia do julgamento dos réus apontados como envolvidos no assassinato de Caio Campos Domingues, que foi morto em abril de 2023 em Lavrinha, no município de Jaguaraçu.
Após ouvir as testemunhas indicadas pela defesa e acusação nos dois primeiros dias, hoje a seção será marcada pelos debates entre a defesa dos réus e a acusação realizada pelo ministério público e os assistentes da acusação.
São réus a então mulher da vítima na época do assassinato, Luith Silva Pires Martins, de 41 anos e João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 23 anos, apontados como responsáveis pela morte de Caio Campos Domingues.
A defesa de Luíte é composta pelos advogados Lorena Iara Vidal Santos, Larissa Alves de Oliveira, Heraldo Maria de Oliveira, José Constantino Filho, e Caio Lloa. João Victor é defendido por Fabiano Duerte Souza e pelo advogado César Júnior. O Ministério Público é representado pelos promotores Frederico Duarte Castro e Jonas Junior Niales Costa Monteiro. Atuam como assistentes de acusação, contratados pela família de Caio, os advogados Inácio Luiz Gomes de Barros Júnior, Marina Suda e Isla Caroline.
A Itatiaia entrevistou os advogados de defesa, que se pronunciaram pela primeira vez durante o tribunal do júri, na tarde desta sexta-feira. A Dra. Lorena Iara Vidal apontou contradições e falhas na condução da investigação policial. “Durante os dois anos de reclusão dos acusados, a versão da acusação foi amplamente divulgada. A defesa confia na inocência de Luíte e acredita que a narrativa apresentada pela acusação não se sustentará. As acusações são consideradas levianas, sem provas robustas, e com diversas falhas e inconsistências. Há divergências entre os procedimentos da Polícia Civil e da Polícia Militar neste caso. A defesa confia em demonstrar, ao longo do julgamento, a verdade dos fatos, tanto para os presentes quanto para a população”, destacou.
A Dra. Lorena Iara Vidal informou que “a estratégia é apontar as falhas desde o início da investigação, que agora podem ser apresentadas ao público e à imprensa. A defesa busca justiça, mas uma justiça baseada nas provas e nos verdadeiros culpados. A justiça não se resume a condenar, mas a garantir que a pessoa responsável seja responsabilizada, com base em uma investigação precisa e sem falhas”.
A expectativa é que ainda hoje, após debate da acusação e defesa, deve ser conhecida a decisão dos jurados quanto as acusações contra os réus.