Com a chegada do
Especialistas, em entrevista concedida ao Infobae, afirmam que o monóxido trata-se de uma substância tóxica, sem cor nem cheiro, resultante da combustão incompleta de materiais com carbono. Seus efeitos vão desde sintomas leves até situações fatais.
O “assassino invisível”: o que é o monóxido de carbono?
“O monóxido de carbono surge quando produtos que contêm carbono não são queimados completamente”, explicou o toxicologista do Hospital Durand, na Argentina, Francisco Dadic. “Elementos comuns do cotidiano contêm essas moléculas”, completou.
Esse gás pode ser encontrado em aparelhos domésticos como
Segundo a otorrinolaringologista Stella Maris Cuevas, ele é conhecido como “assassino silencioso” ou “o grande impostor”. Pode estar presente sem que os moradores percebam, a não ser que haja detectores instalados.
Em regiões de clima temperado, como o
Sintomas, diagnóstico e riscos à saúde
A intensidade dos sintomas depende da concentração do gás e do tempo de exposição. Conforme Dadic, podem incluir dor de cabeça, enjoo, dores no corpo, cansaço, convulsões, hemorragias,
Cuevas destacou que os sinais costumam ser confundidos com os da gripe. Pessoas com anosmia (perda de olfato) estão em maior risco. Crianças, idosos, gestantes e pacientes com doenças respiratórias ou cardíacas também são mais vulneráveis.
Tratamento e a importância da prevenção
O tratamento imediato para intoxicação por monóxido de carbono é a administração de oxigênio em alta concentração
Dadic informou que o tratamento imediato é feito com oxigênio em alta concentração. Em casos graves, pode ser necessário internar o paciente em
Cuevas ressaltou que os aparelhos mais perigosos são os que possuem câmaras abertas, pois retiram o oxigênio do ambiente e liberam gases nocivos. Segundo ela, todos os casos de intoxicação podem ser evitados com medidas simples de segurança e ventilação.
Quatro erros comuns que podem custar sua vida
A chama do fogão deve ser sempre azul, tons alaranjados ou amarelados podem sinalizar risco de liberação de monóxido de carbono
Durante o inverno, algumas práticas rotineiras podem aumentar o risco de intoxicação:
- Usar aparelhos sem revisão prévia: “Mesmo que acendam normalmente, podem ter vazamentos ou combustão inadequada”, afirmou Juan Ignacio Argüello, especialista em vazamentos. A revisão anual por um técnico qualificado é essencial.
- Bloquear saídas de ar: Isso impede a circulação de oxigênio e o escape de gases tóxicos.
- Não observar a cor da chama: A chama deve ser azul. Tons alaranjados, vermelhos ou amarelos indicam combustão incompleta e risco de liberação de monóxido de carbono.
- Aquecer com o forno: Fornos não foram feitos para aquecer ambientes por tempo prolongado. Esse uso aumenta a probabilidade de liberação de gás tóxico.
Recomendações para um lar seguro
Para manter a segurança em casa, os especialistas orientam:
- Realizar inspeções anuais nos aparelhos a gás;
- Manter as grelhas de ventilação sempre desobstruídas;
- Evitar o uso de forno e fogão como aquecedores;
- Conferir se a chama é azul;
- Instalar detectores de monóxido de carbono;
- Deixar uma fresta de 10 a 15 cm na janela aberta, mesmo no frio.
Ao notar odores estranhos ou suspeita de vazamento, a recomendação é agir rapidamente. “Diante de qualquer suspeita, é preciso abrir portas e janelas, desligar os aparelhos e buscar atendimento médico”, apontou Cuevas.