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Tesla e BYD se destacam em teste para carros elétricos: veja resultados surpreendentes

Teste avalia a distância que um veículo pode percorrer com um tanque cheio de combustível ou uma carga completa de bateria, antes de precisar ser reabastecido ou recarregado

Tesla Model Y foi um dos carros que se destacaram no teste

O último teste de autonomia do Clube Automóvel da Noruega estudou a eficiência real dos carros mais vendidos no país, que é o maior comprador de veículos elétricos no mundo. O procedimento avalia a distância que um veículo pode percorrer com um tanque cheio de combustível ou uma carga completa de bateria, antes de precisar ser reabastecido ou recarregado.

Na Noruega, o carro elétrico é de longe a preferência dos consumidores. Em junho de 2025, vendas desses modelos atingiram mais de 96% das quase 19.000 unidades vendidas no período. Apenas 577 unidades tinham motores de combustão. Destas, pouco mais de 100 não tinham qualquer tipo de eletrificação.

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Os testes realizados procuram simular as condições reais do condutor médio norueguês. A maioria decorre em estradas secundárias, com uma velocidade média de 70 km/h.

Tesla e carros chineses lideram

Entre os 15 carros que alcançaram maior autonomia acima do registrado no ciclo WLTP, está o Tesla Model Y, que ultrapassou a barreira da homologação em 66 quilômetros, registrando 652 quilômetros de autonomia real, em vez dos 582 quilômetros esperados.

Entre os 10 que tiveram maior autonomia, também encontramos o Tesla Model 3. Entre eles encontramos o Zeekr 7X, em segundo lugar, com 52 quilômetros a mais. O BYD Tang, em terceiro com 42 quilômetros.

O MG S5 está em quinto com 27 quilômetros, o Polestar 4, de origem chinesa, partilhando chassis com o Zeekr e o Volvo, em sétimo com 27 quilômetros, e o BYD Sealion 7, em nono com 21 quilômetros.

Ou seja, entre os 10 carros que mais ganham autonomia em relação ao homologado, dois são carros da Tesla e outros cinco montam tecnologia chinesa. Apenas o Peugeot E-5008 (quarto com +28 km), o Volkswagen ID.7 GTX Tourer (sexto com +27 km) e o BMW iX (oitavo com +23 km) entram nesta lista.

Entre os 12 que obtiveram os piores resultados em termos de perda de autonomia, encontramos sete carros europeus ou norte-americanos. Além disso, o Kia EV3, com uma perda de 17 quilômetros de autonomia em relação ao estabelecido pelo WLTP, também se encontra neste grupo. Neste caso, apenas o MG Cyberster (-14 km), o Hongqi EHS7 (-16 km), o Polestar 3 (-25 km) e o Volvo EX90 (-32 km) se encontram nesse grupo.

Curiosamente, o carro que mais perdeu autonomia é o Lucid Air, um sedã de luxo que quer ofuscar o Tesla Model S, com uma queda de 131 quilômetros em relação ao esperado pelo WLTP. No entanto, é o carro que percorreu mais quilômetros entre recargas, cobrindo 829 quilômetros de uma só vez. O segundo modelo mais capaz foi o Tesla Model 3, com 721 quilômetros reais. Fechando o pódio está o BMW iX, com 691 quilômetros percorridos.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.