Mudanças no estilo de vida podem prevenir o Alzheimer no futuro; entenda

No caso de pessoas que já têm o diagnóstico da doença, o foco deve ser em estratégias que desacelerem a progressão da doença

Alzheimer

Boa alimentação, prática de atividades físicas, controle de doenças crônicas, evitar o tabagismo e o álcool estão entre alguns bons hábitos que podem reduzir o risco de desenvolvimento de Alzheimer no futuro, segundo a geriatra Simone de Paula Pessoa Lima.

“Para reduzir o risco de desenvolver Alzheimer, é essencial adotar um estilo de vida que promova a saúde cerebral ao longo da vida”, afirmou. Além dos hábitos já ditos, estimular a atividade intelectual, preservar a vida social ativa, dormir bem e tratar os distúrbios do sono também são hábitos importantes que protegem os neurônios e retardam o aparecimento de processos neurodegenerativos.

Mas manter apenas essas práticas não evita totalmente a doença, isso porque há alguns fatores de risco para o Alzheimer: o próprio envelhecimento, histórico familiar e predisposição genética.

“Além disso, há fatores modificáveis, como sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, obesidade, hipertensão arterial, diabetes mal controlado, colesterol elevado, isolamento social, depressão não tratada e baixa escolaridade. Traumatismos cranianos e distúrbios do sono também são reconhecidos como fatores de risco”, apontou a médica.

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“Reduzir esses riscos ao longo da vida, especialmente na meia-idade, pode ser decisivo para prevenir ou postergar o aparecimento da doença”, acrescentou.

Já no caso de pessoas que já têm o diagnóstico da doença, o foco deve ser em estratégias que desacelerem a progressão da doença e preservem a funcionalidade do paciente pelo maior tempo possível.

“O tratamento medicamentoso pode ser indicado, conforme orientação médica, mas é fundamental também manter uma rotina estruturada, com estímulos cognitivos (como leitura, jogos e conversas), exercício físico com educador físico ou mesmo a fisioterapia motora, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico, se necessário”, explicou a médica.

“O controle rigoroso das comorbidades e o suporte familiar adequado são indispensáveis. Evitar internações desnecessárias, infecções através da vacinação preventiva, quedas e situações de estresse também contribui para a estabilidade do quadro”, finalizou.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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