Vou dividir a minha coluna desta quinta-feira (13) em três pontos.
Primeiro ponto
Faltou concentração e, em determinado momento, faltou perna no jogo contra o Fortaleza. Talvez até pelo excesso de entrega para virar o jogo no Recife. A conta chegou na Arena MRV.
Não existe jogo fácil no Campeonato Brasileiro. Você pode enfrentar o Palmeiras e o Flamengo ou Sport e Fortaleza. É claro que é mais difícil duelar com os dois primeiros. Mas isso não significa que o confronto contra quem está na parte de baixo é fácil. É um futebol de muito alto nível.
O mesmo Deyverson que fez três gols no Atlético era do Galo até outro dia. Esse cara tem qualidade.
É o Deyverson que ganhou Libertadores no Palmeiras, que definiu jogos para o Alvinegro chegar à final da Libertadores em 2024 e que fez três gols nessa quarta-feira (12).
Segundo ponto
Eu defendo uma tese há muito tempo, que é a de que, no futebol, se monta time de trás para frente. Primeiro você arruma a defesa, para depois fazer o ataque funcionar.
Quando a defesa está desarrumada, corre-se o risco de acontecer o que houve nesses dois últimos jogos do Atlético.
Terceiro ponto
Esse talvez seja o maior problema da história e da carreira de Sampaoli.
É inegável a qualidade ofensiva dos times de Sampaoli. Têm intensidade, agridem o adversário, fazem transição muito rápida, são times de muita velocidade e que encaixam muito bem o ataque. Mas são equipes historicamente frágeis do ponto de vista defensivo.
É aquela história do cobertor. Você cobre a cabeça e descobre o pé. O estilo de jogo de Sampaoli é esse. Isso nunca será mudado.
Talvez o grande salto que o Atlético precise para o ano que vem é ajustar a defesa com um técnico que ofensivamente é muito bom. E para Sampaoli, que é um grande técnico, que está amadurecendo do ponto de vista emocional, o ideal talvez seja ele ter um auxiliar argentino/italiano do lado.