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Segundo o
A doença costuma surgir na parede do intestino ou dos pólipos, geralmente benignos, mas que podem sofrer mutações ao longo dos anos e se tornar cancerígenos.
Ainda conforme o médico, esse é um câncer perigoso uma vez que evolui de forma silenciosa. “Muitas vezes, ele só é identificado em fases mais avançadas, quando já houve disseminação para outros órgãos, o que reduz significativamente as chances de cura. É justamente essa possibilidade de desenvolvimento assintomático que o torna uma ameaça silenciosa, reforçando a importância da prevenção e de exames periódicos da saúde em geral”, afirmou.
Geralmente, esse câncer afeta adultos com mais de 50 anos de idade, porém,
“Observamos um aumento nos diagnósticos de câncer colorretal em pacientes mais jovens, muitos dos quais não apresentam fatores de risco clássicos. Em paralelo, também há uma maior conscientização da população, o que tem levado mais pessoas a buscarem investigação médica diante de sintomas intestinais persistentes. Essa combinação, aumento da incidência e maior acesso aos exames, tem feito com que o número de casos diagnosticados precocemente seja maior, o que é positivo do ponto de vista prognóstico”, explicou.
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Sinais e sintomas
Como dito anteriormente, esse câncer pode ser discreto nas fases iniciais, mas, à medida que ele evolui, o paciente pode apresentar:
- alterações no hábito intestinal, como diarreia ou constipação persistente;
- sensação de evacuação incompleta;
- presença de sangue nas fezes;
- dor abdominal;
- perda de peso repentina não intencional;
- dor;
- sangramento nas fezes;
- anemia.
"É importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos do câncer, mas merecem atenção médica, especialmente se forem persistentes.”, explicou o médico.
Causas, tratamento e cura
Segundo o especialista, as causas desse tipo de câncer são multifatoriais. Entre os principais fatores de risco estão:
- sedentarismo;
- obesidade;
- tabagismo;
- consumo excessivo de álcool;
- alimentação rica em carnes vermelhas e processadas;
- baixo consumo de fibras.
Doenças intestinais inflamatórias crônicas, como retocolite ulcerativa e Doença de Crohn, além de síndromes genéticas hereditárias, também elevam significativamente o risco.
“A prevenção envolve a mudança no estilo de vida, com alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, manutenção do peso corporal saudável, abandono do cigarro e do álcool em excesso e, a adesão aos exames de rastreamento, como a colonoscopia, que permite identificar e remover pólipos antes que se transformem em câncer.”, recomendou o médico.
O tratamento varia conforme o estágio da doença, a localização do tumor e o estado geral de saúde do paciente, segundo o médico.
“De modo geral, a principal abordagem terapêutica é a cirurgia, que visa remover completamente o tumor com a parte do intestino afetada. Em estágios mais avançados, a quimioterapia e a radioterapia podem ser indicadas como complemento ou até mesmo antes da cirurgia. Em alguns casos, pode-se utilizar terapias-alvo e imunoterapia, especialmente quando o tumor apresenta mutações genéticas específicas.”, explicou o médico.
A cura do câncer colorretal está diretamente relacionada ao estágio da doença. Se diagnosticado no estágio inicial, a chance de cura pode ultrapassar os 90% após a cirurgia. Mesmo em estágios avançados da doença, com o avanço da medicina há um controle mais eficaz da doença e, em muitos casos, aumento da sobrevida com qualidade.
“Por isso, insistimos tanto na importância da prevenção e do diagnóstico precoce, são eles os grandes aliados na luta contra esse tipo de câncer. Lembro ainda a indicação de realizar colonoscopia a partir dos 45 anos para identificação precoce de lesões pré-malignas e malignas, aumentando a chance de cura caso existam.”, finalizou o médico.
Morte de Preta Gil
A cantora Preta Gil morreu aos 50 anos nesse domingo (20), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ela foi diagnosticada com
Em 11 de dezembro daquele ano, ela relatou que estava em remissão da doença, que acabou tendo
Em junho deste ano, Preta Gil
“A quimioterapia que eu fiz lá no Brasil não foi tão eficaz como os médicos esperavam e eu também. Então a gente tem que buscar alternativas em países diferentes, com tipos de estudos diferentes, ensaios ainda publicados ou não publicados, drogas que ainda não chegaram ao Brasil”, disse em dezembro do ano passado, nas redes sociais.
A cantora estava a caminho do Brasil
Na noite de ontem, a assessoria da cantora comunicou a morte dela pelas redes sociais. "É com imensa dor e profundo pesar que comunicamos o falecimento da nossa amada Preta Gil. Preta foi uma mulher transgressora, sempre à frente do seu tempo. Quebrou paradigmas, provocou reflexões e iluminou caminhos com sua coragem. Uma mulher empoderada, que foi e continuará sendo luz para inúmeras outras mulheres. Pretinha era justa, honesta, generosa. Uma mãe e avó dedicada, uma guerreira incansável que inspirou e seguirá inspirando milhares de pessoas”, iniciou.
“Sabemos o quanto sua luta foi dura, e o quanto ela desejava viver. Ela não desistiu nem por um instante. É esse amor pela vida, essa história de força e resiliência, que permanecerá eternamente em nossos corações. Te amamos, Preta”, encerra o comunicado.