O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou em entrevista exclusiva à repórter Edilene Lopes, no Jornal da Itatiaia, que as primeiras doses da vacina nacional contra a dengue devem ser produzidas ainda este ano.
O desenvolvimento é feito pelo
“É hora de aproveitar para reforçar a prevenção, municípios fazerem monitoramento identificando onde está a maior concentração dos mosquitos”, disse o ministro. Ele acrescentou que estão sendo usadas novas tecnologias, como captura de larvas e ovos, além do desenvolvimento da nova vacina.
Padilha destacou que a expectativa é de que um programa de imunização nacional comece em 2026. “A vacina atual, da qual compramos 90% das doses existentes no mundo, tem uma recomendação de uso mais restrita e é de duas doses, diferentemente desta que estamos desenvolvendo”, explicou.
Vacinação contra dengue em BH
O esquema vacinal prevê duas doses com intervalo de três meses. Em casos de infecção recente por dengue, a recomendação é aguardar seis meses após o início dos sintomas para iniciar a imunização. Se a pessoa for infectada após a primeira dose, a segunda aplicação deve respeitar um intervalo mínimo de 30 dias.
A Prefeitura de Belo Horizonte tem ampliado os pontos de vacinação para aumentar a cobertura contra a dengue. Mesmo assim, os índices ainda estão abaixo do mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 90%, de acordo com a PBH.
Desde o início da campanha, em fevereiro de 2024, foram aplicadas mais de 160 mil doses da vacina Qdenga, segundo a PBH. Desse total, cerca de 112 mil foram da primeira dose e 49 mil da segunda.
Até o mês de agosto, a cobertura era de 50,2% para a primeira dose e 22% para a segunda, de acordo com a PBH.
Quando se observa por idade, a situação é ainda mais preocupante. Entre crianças de 7 anos, apenas 37% receberam a primeira dose e 13,3% a segunda, segundo a PBH.
Entre crianças de 8 anos, 13,7% completaram as duas doses do esquema vacinal, de acordo com a PBH.