Um estudo publicado pelo International Journal of Epidemiology revela que aumentar a diversidade alimentar, especialmente com vegetais e fontes de proteína vegetal, pode reduzir o risco de
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, existem 589 milhões de
Os resultados divulgados em junho, indicam que o consumo diário de quatro a cinco tipos de vegetais e a ingestão de diferentes fontes de proteína vegetal, como legumes, castanhas e sementes, estão associados a uma menor incidência de diabetes tipo 2. Além disso, cada novo tipo de proteína vegetal consumido reduziu a incidência da doença em 4%. Para as mulheres, consumir três fontes de proteína vegetal foi associado a uma redução de 25% no risco de diabetes tipo 2.
Embora os cientistas reconheçam limitações, como o uso de questionários autoaplicáveis, outras pesquisas reforçam que aumentar o consumo de vegetais e reduzir alimentos de origem animal traz benefícios à saúde.
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A pesquisa pontua que uma explicação para esses resultados é a presença de fibras nos vegetais, que ajudam a equilibrar a glicemia. Além disso, dietas ricas em vegetais tendem a ter menor quantidade de gordura saturada, nutriente que, em excesso, pode favorecer a resistência à insulina.
Para a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabetes, o estudo evidencia a importância de todo o contexto alimentar na prevenção de doenças. “Não existe alimento milagroso, mas sim escolhas saudáveis que levam a um padrão alimentar equilibrado”, afirma.
Estudo sugere variação alimentar diária
Para fugir da monotonia alimentar, o estudo recomenda ampliar a variedade no cardápio.
“Quanto mais colorido o prato, melhor”, afirma a endocrinologista Cláudia Schimidt, do Einstein Hospital Israelita. A nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabetes, destaca a riqueza da biodiversidade brasileira e sugere adquirir produtos de pequenos produtores locais, o que também contribui para a redução da emissão de carbono.
“Contamos com uma grande variedade de frutos, hortaliças, castanhas e outros alimentos nativos que oferecem compostos protetores”, afirma.
Outra dica é apostar na sazonalidade, priorizando vegetais da época, sendo mais frescos, saborosos e costumam ser cultivados com menos pesticidas e fertilizantes.
Segundo Strufaldi, planejar as refeições é uma estratégia para garantir variedade. “Tudo começa com a lista de compras. É importante sair da mesmice, trocando a alface por outra verdura, por exemplo”, explica. A nutricionista sugere também revezar os tipos de feijão e leguminosas, como lentilha, e experimentar diferentes formas de preparo, utilizando ervas e especiarias para temperar os pratos.