A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualizou as diretrizes do rastreamento e diagnóstico de diabetes tipo 2. Uma das principais mudanças é a redução da idade do início da triagem em adultos assintomáticos. Outras são: inclusão de alerta para rastreio em crianças e adolescentes e alteração em alguns critérios nos exames usados para diagnóstico.
O documento com as mudanças foi publicado na revista científica Diabetology & Metabolic Syndrome, segundo a Agência Einstein. Elas se deram devido à crescente do número de casos de diabetes tipo 2 pelas taxas altas de sobrepeso e obesidade na população global.
Uma das principais mudanças nas novas diretrizes para o rastreamento do diabetes tipo 2 é a ampliação da faixa etária e dos critérios para início da triagem. A nova recomendação é de que todos os adultos a partir dos 35 anos sejam submetidos ao rastreio, mesmo que não apresentem sintomas ou fatores de risco conhecidos. Antes, essa indicação era a partir dos 45.
Já para os que têm menos de 35 anos, o rastreamento também é indicado caso tenham sobrepeso ou obesidade, desde que esteja associado a pelo menos um fator de risco adicional, que pode ser:
- histórico familiar;
- doenças cardiovasculares;
- hipertensão;
- baixos níveis de HDL (menores que 35 mg/dl);
- triglicerídeos elevados (acima de 250mg/dl);
- síndrome do ovário policístico;
- presença de acantose nigricans (pequenas manchas escuras em tons de marrom na pele);
- sedentarismo.
Fatores como pré-diabetes e histórico de diabetes gestacional também serão levados em conta.
No caso de crianças e adolescentes assintomáticos, a recomendação da diretriz é iniciar o rastreamento após os 10 de idade ou depois do início da puberdade (o que vier primeiro) naqueles com sobrepeso ou obesidade e com pelo menos um fator de risco adicional – entre eles, a mãe ter tido diabetes gestacional.