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Câncer de mama: um terço dos casos ocorre após os 70 anos

Especialistas reforçam a importância da prevenção e diagnóstico precoce

O câncer de mama continua sendo o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Com o aumento da expectativa de vida, cresce também o número de diagnósticos entre idosas: um terço dos novos casos ocorre em pessoas com mais de 70 anos, segundo dados do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Especialistas afirmam que o envelhecimento populacional e as mudanças hormonais relacionadas à idade aumentam o risco da doença. “Mulheres mais velhas acumulam maior exposição aos estrogênios e têm menor capacidade de reparar o DNA, o que eleva as chances de mutações e desenvolvimento de tumores”, explica, ao Infobae, a mastologista Azul Perazzolo, do Instituto Alexander Fleming (IAF) de Buenos Aires.

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Embora o câncer de mama não seja necessariamente mais agressivo após os 70 anos, a presença de outras doenças crônicas pode complicar o tratamento. Nesses casos, a atuação do oncogeriatra é essencial para avaliar a condição geral da paciente e definir terapias adequadas, equilibrando eficácia e qualidade de vida.

O diagnóstico precoce segue como a principal arma contra a doença. A mamografia anual é indicada a partir dos 40 anos e, em mulheres com histórico familiar ou mamas densas, pode ser combinada com exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância magnética. Detectado no início, o câncer de mama tem taxas de cura que ultrapassam 90%.

Médicos alertam ainda para a importância de manter os controles de rotina em todas as fases da vida. A ausência de acompanhamento regular entre idosas pode atrasar o diagnóstico e reduzir as chances de cura.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.