De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 10.990 novos casos de câncer de esôfago no Brasil, por ano, entre 2023 e 2025. No mundo é o oitavo tipo de câncer mais frequente.
Durante Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), foram apresentadas
O oncologista Alexandre Jácome, líder nacional de especialidade tumores gastrointestinais da Oncoclínicas, destaca o ESOPEC, um estudo que compara o tratamento com quimioterapia e radioterapia e a quimioterapia isolada nos pacientes com câncer de esôfago.
“A doença é assintomática em estágios iniciais e pode crescer rapidamente, invadindo outras camadas do órgão ou mesmo outros órgãos ao redor. Esse estudo clínico de fase III comparou duas estratégias de tratamento para adenocarcinoma esofágico localmente avançado, passível de cirurgia: o protocolo CROSS, que envolve quimiorradioterapia antes da cirurgia, e o protocolo FLOT, que inclui quimioterapia antes e depois da cirurgia”, explica o médico.
Segundo os pesquisadores, o trabalho contou com 438 participantes, entre eles, 403 iniciaram algum tipo de tratamento e 371 foram submetidos à cirurgia (191 no grupo FLOT e 180 no grupo CROSS). A sobrevida global mediana foi de 66 meses no grupo FLOT e 37 meses no grupo CROSS. Após três anos, os participantes que receberam o tratamento FLOT apresentaram um risco 30% menor de morte em comparação com aqueles que receberam o tratamento CROSS. As taxas de sobrevida global em três anos foram de 57% para o grupo FLOT e 51% para o grupo CROSS.
Os médicos ainda pretendem investigar se a cirurgia pode ser evitada em pacientes que apresentem resposta patológica completa ao tratamento com os protocolos FLOT ou CROSS e que não mostrem crescimento tumoral durante a vigilância ativa. “O