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O que é herpes-zóster, doença que tirou Harrisson Ford do Oscar 2025

Astro de Hollywood cancelou sua participação na cerimônia do Oscar 2025 de última hora neste domingo (2)

Harrison Ford recebeu o diagnóstico nesta sexta-feira (28)

O ator Harrison Ford, de 82 anos, cancelou sua participação como um dos apresentadores da 97ª cerimônia do Oscar depois de receber um diagnóstico de herpes-zóster. O anúncio de que o astro não apresentaria mais a premiação veio de última hora, neste domingo (2), mesmo dia da cerimônia.

A Herpes-Zóster é uma doença causada pelo vírus Varicela-Zóster (VVZ), o mesmo que causa a Catapora. Depois que o paciente contrai o vírus pela primeira vez, ele permanece “adormecido” pelo resto da vida no corpo, ou seja, não tem cura.

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Quando há uma queda na imunidade, o vírus pode ser reativado, causando lesões na pele. O estresse também é um fator que pode “despertar” a ação do vírus.

A maioria dos casos de herpes zoster são registrados em pessoas que já tiveram varicela. Mas, em casos raros, pessoas que tiveram contato com alguém que esteja com o vírus também podem ser infectados. Vale lembrar que o vírus da catapora é transmitido quando entramos em contato com lesões ou pelo ar, por espirros e tosse.

Como a herpes se manifesta no corpo

Alguns sintomas antecipam o aparecimento das lesões cutâneas. São eles:

  • Dores nevrálgicas (nos nervos);
  • Parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc);
  • Ardor e coceira locais;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Mal-estar.

Normalmente há a formação de bolhas sobre a vermelhidão da pele. A erupção acontece unilateralmente e segue o trajeto de um nervo. As lesões surgem de modo gradual e levam de 2 a 4 dias para desaparecer. Caso não haja nenhuma infecção secundária, as bolhas secam e formam-se crostas. A cura completa acontece em até quatro semanas.

De acordo com o ministério, as lesões aparecem principalmente na região torácica, em 53% dos casos; cervical (20%); no rosto, no trajeto do nervo trigêmeo (15%); e na região lombossacra (11%).

Elas ainda podem surgir em lugares atípicos ou se disseminar pelo corpo. Isso acontece principalmente em pessoas que já fizeram transplantes e tomam imunossupressores.

Em casos mais graves da doença, o quadro pode evoluir e causar outros problemas, como:

  • Paralisia facial periférica
  • Síndrome de Hawsay-Hurt - infecção por herpes-zóster no ouvido e pode provocar paralisia facial e perda de audição
  • Paralisia de Bell - fraqueza muscular de apenas um lado do rosto
  • Comprometimento ocular

Tratamento e prevenção

A cura acontece de forma espontânea, mesmo que não haja tratamento. Porém, os antivirais podem ser aliados e acelerar a recuperação, além de amenizar os sintomas causados pelo vírus. Apesar das feridas se curarem sozinhas, as dores podem durar anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, as principais formas de prevenção são:

  • Vacinação;
  • Lavar as mãos após tocar nas lesões;
  • Isolamento: crianças com varicela não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões terem evoluído para crostas. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular;
  • Pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta;
  • Desinfecção: concorrente dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas;
  • Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.

*Sob supervisão de Felippe Drummond

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.