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Damares Alves é internada com paralisia facial causada por herpes-zóster

Senadora do Republicanos trata problema de saúde há nove meses

Damares Alves

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi internada nesta quinta-feira (7/12), em um hospital de Brasília após uma recaída do vírus varicela zoster, que causa a herpes-zóster. A parlamentar deu entrada na unidade com paralisia facial.

A assessoria de imprensa de Damana informou que ela apresenta quadro clínico bom, mas passará por uma bateria de exames. O vírus é causador da herpes zoster, ou cobreiro, e da catapora. A senadora trata o vírus há pelo menos nove meses. Em março, ela também apresentou quadro de paralisia facial.

A DOENÇA
De acordo com o Ministério da Saúde, após uma pessoa contrair o vírus pela primeira vez, ele permanece “adormecido” pelo resto da vida no corpo. Mas, a queda da imunidade pode fazer com que ele seja reativado. Médicos alertam que cada vez mais jovens sofrem com a doença ativada pelo estresse do dia a dia.

Apesar de o Herpes-Zóster se manifestar em pessoas com o sistema imune fragilizado, como em quem passa por um transplante de órgãos ou faz tratamento de câncer, o estresse é cada vez mais a causa da reativação do vírus, principalmente em pessoas mais jovens.

Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da Herpes-Zóster são clínicos. Na maioria das vezes, eles antecedem às lesões cutâneas típicas da doença. São eles: dores nevrálgicas (nos nervos); parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc); ardor e coceira locais; febre; dor de cabeça; mal-estar.

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A Herpes-Zóster ainda se apresenta no formato de lesões na pele do paciente. Normalmente há a formação de bolhas sobre a vermelhidão da pele. A erupção acontece unilateralmente e segue o trajeto de um nervo. As lesões surgem de modo gradual e levam de 2 a 4 dias para desaparecer. Caso não haja nenhuma infecção secundária, as bolhas secam e formam-se crostas. A cura completa acontece em até quatro semanas.

De acordo com o ministério, as lesões aparecem principalmente na região torácica, em 53% dos casos; cervical (20%); no rosto, no trajeto do nervo trigêmeo (15%); e na região lombossacra (11%).

Elas ainda podem surgir em lugares atípicos ou se disseminar pelo corpo. Isso acontece principalmente em pessoas que já fizeram transplantes e tomam imunossupressores.

A doença ainda pode evoluir e causar: paralisia facial periférica; Síndrome de Hawsay-Hurt - infecção por herpes-zóster no ouvido e pode provocar paralisia facial e perda de audição; Paralisia de Bell - fraqueza muscular de apenas um lado do rosto; comprometimento ocular.

A cura acontece de forma espontânea, independentemente de tratamento. Mas, o uso de antivirais pode acelerar a recuperação e reduzir os sintomas.

É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.