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Câncer aparelho digestivo: conheça mais sobre a doença e como evitá-la

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar mais de 45 mil novos casos de câncer colorretal para cada ano do triênio 2023-2025

Tratamento de câncer

O trato gastrointestinal é formado por diversos órgãos que trabalham juntos para absorver os nutrientes dos alimentos. Esse sistema vai da boca até o ânus e é muito importante para a saúde.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar mais de 45 mil novos casos de câncer colorretal para cada ano do triênio 2023-2025.

Por uma pequena margem, a prevalência maior ocorre nas mulheres. Para casos de tumores no estômago, serão mais de 21 mil novos casos, seguido dos tumores no pâncreas e esôfago, com quase 11 mil para cada um deles.

Por isso, é essencial prestar atenção especial ao aparelho digestivo quando falamos de câncer. Tumores podem surgir independentemente de fatores externos, mas é importante ficar atento a alguns hábitos prejudiciais e ao histórico familiar. De acordo com a médica, oncologista do Grupo Oncoclínicas, Ana Carolina Guimarães, os tumores que são do tubo digestivo, que compreendem o esôfago, estômago, intestino grosso, intestino delgado, além dos tumores de fígado, vesícula biliar e pâncreas.

“Lembrando que o câncer de pâncreas e fígado são mais agressivos. Mas o que é importante hoje em dia é que tudo que é diagnosticado precocemente tem cura. Então, é fundamental a gente ficar de olho sempre aos sintomas, às queixas dos pacientes. Por exemplo, o tumor de pâncreas é um tumor que fica localizado bem lá atrás, na frente da nossa coluna. Então, ele está atrás dos outros órgãos lá no abdômen. Ele costuma ser um tumor silencioso e pode dar inicialmente uma dor em faixa no abdômen que vai irradiando para as costas. Ela vai progredindo para as costas. Essa dor vai e volta. Isso pode ser acompanhado de emagrecimento, alteração do hábito intestinal e alguns podem fazer aquele sintoma que se chama icterícia, olhos e pele amarelados”, alerta.

A médica destaca que outros sintomas e até o histórico familiar em relação à doença merecem atenção. Em relação ao estômago, toda azia que a pessoa sente por mais de 15 dias, o ideal é não continuar tomando aqueles remédios do tipo bicarbonato, antiácidos e, procurar o atendimento médico que deve pedir exames específicos, entre eles, endoscopia que é grande aliado no diagnóstico. Já para pessoas que têm histórico de câncer de intestino, o ideal é fazer a colonoscopia, a partir dos 45 anos de idade, caso não haja histórico familiar da doença. Caso tenha caso da doença na família, o exame preventivo deve ser realizado ainda mais cedo.

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Prevenção

A oncologista do Grupo Oncoclínicas, ainda enfatiza que o tipo de dieta faz muita diferença. A carne vermelha não deve ser consumida numa quantidade maior que meio quilo por semana, essa é a quantidade ideal, cerca de cem gramas por dia, de segunda à sexta. “O ideal é alternar com outras proteínas, peixe e frango, por exemplo. Os alimentos ultraprocessados e embutidos também devem ser evitados na alimentação. Controlar o peso, ter uma ingesta de verduras, legumes, frutas e fibras, consumo de carne vermelha, como eu já falei, moderado. Outros hábitos de vida saudáveis também podem fazer a diferença como atividade física. A atividade física reduz a resistência periférica à insulina, o que é um fator protetor também”, explica.

“Outro fator de prevenção e determinante para o tratamento é não negligenciar sintomas. Tem paciente, às vezes, que perde muito peso e fica satisfeito, porque a vida inteira tentou uma dieta e não conseguiu, mas agora não faz nada diferente perde muito peso de uma vez. Isso é um sinal de alerta e aí a pessoa deve procurar atendimento médico para isso”, conclui Ana Carolina Guimarães, oncologista do Grupo Oncoclínicas.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.