O que acontece se uma mulher tomar remédio à base de tadalafila e sildenafila, usados para tratar disfunção erétil? A pergunta, feita por ouvinte do Chama Geral, da Itatiaia, foi respondida pelo médico sexólogo Sérgio Almeida, que participa do programa às quintas-feiras. CONFIRA O VÍDEO AQUI!
O ouvinte, morador da cidade de Contagem, na Grande BH, disse que a esposa pretende usar o medicamento, mas tem medo dos efeitos colaterais. “Não faz mal. Ela vai ter mais ereção de clitóris, vai ficar mais lubrificada e vai ter mais ereção de pequenos lábios. Se ela não estiver usando medicamento para angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração), pode tomar tadalafila e sildenafila. A vantagem que ela terá é essa, de ficar mais lubrificada, o que corresponderia a uma ereção no homem”, explicou.
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O médico ainda respondeu a dúvida de um ouvinte que colocou ponte de safena e quer usar tadalafila. Sérgio Almeida explicou que ele pode tomar, desde que não faça uso de medicamentos para problemas coronarianos. A dosagem recomendada depende do ritmo da vida sexual do homem. “Se você está aí para qualquer momento, o ideal é tomar o de 5 miligramas todos os dias. Se você faz uma vez ou outra, é preferível tomar um (comprimido de 20 miligramas) uma hora antes de partir para o jogo”, disse o médico.
Alerta
Ginecologista, obstetra e sexóloga, Rogéria Andrade Werneck ressalta que ainda não há comprovação científica para o uso desses medicamentos por mulheres. No entanto, há indicação em casos específicos.
“Há possibilidade de usar a sildenafila como antídoto para mulheres que usam os inibidores de recaptação de serotonina, muito utilizados para questões psíquicas, transtornos psiquiátricos, e tudo mais. Então, posso usá-lo como antídoto em casos pontuais. E mesmo assim, o uso só deve ser feito com prescrição médica. Não é recomendado o uso das medicações sem acompanhamento médico em hipótese nenhuma”, disse a médica, que é membro do Ambulatório de Sexologia- Hospital das Clínicas (HC)/Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“O transtorno de desejo e excitação da mulher tem causas multifatoriais. Não é só uma medicação que vai melhorar a resposta sexual da paciente. O melhor é ela ser avaliada por um profissional especialista na avaliação da sexualidade da mulher”, reforçou a médica, que é mestre de doutora em Saúde da Mulher da UFMG.