O ator Tony Ramos, de 75 anos, foi submetido a uma nova cirurgia neste domingo (19), após apresentar distúrbios de coagulação que resultaram na formação de novos hematomas intracranianos. Ele está internado no Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
Mas, afinal, o que são distúrbios de coagulação?
De acordo com o neurocirurgião Felipe Mendes, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, distúrbios de coagulação são condições que afetam a capacidade do sangue de coagular de forma adequada, levando a sangramentos excessivos ou à formação de coágulos.
“As causas podem incluir fatores genéticos, doenças hepáticas, deficiências de vitaminas (como vitamina K), uso de medicamentos anticoagulantes, além de condições médicas como a dengue, por exemplo”, explicou.
O surgimento de hematomas como o de Tony são comuns no pós-operatório da primeira cirurgia que ele fez, para drenar um hematoma subdural. Segundo o neurocirurgião Rodrigo Faleiro, professor da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, o cérebro demora um tempo até ocupar o espaço do hematoma, por isso, é possível surgir outro.
Tony está internado no hospital desde quinta-feira (16). Ele precisou fazer uma nova cirurgia devido ao
A existência de hematomas no cérebro pode ser perigosa porque causam aumento na pressão intracraniana, o que pode levar a danos cerebrais graves, conforme explicou Felipe. Entre os sintomas, estão dores de cabeça, confusão, perda de consciência, confusões, entre outros.
Os dois especialistas explicaram que podem ser realizadas duas cirurgias para tratar problemas como o de Tony. Segundo Felipe, uma delas é conhecida como craniotomia, uma abertura no crânio para acessar o hematoma e removê-lo. A outra, citada por Rodrigo, é quando o médico faz dois orifícios de trépanos, acessando a dura-mater (camada mais externa das três que envolvem o cérebro) e fazendo irrigação e lavagem no espaço onde estava o coágulo.
No pós-operatório, de acordo com Rodrigo, o paciente deve ficar de repouso, com a cabeceira baixa, sem se levantar muito ou sem ficar sentado. Segundo Felipe, o tempo de recuperação pode levar semanas a meses e, dependendo da gravidade de cada paciente, é necessário fazer reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.
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Tony