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Câncer de próstata pode ser silencioso, entenda como fazer o rastreamento

Sem sintomas específicos, rastreamento é importante para que a doença não seja confundida com outras alterações na próstata

Doença pode ser tratada e curada

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, correspondendo a 30% dos diagnósticos de tumores. Além da prevalência, a doença exige atenção devido à taxa de mortalidade. Em 2020, foram registradas quase 16 mil mortes pela doença no país.

Mesmo sendo uma doença conhecida, tendo inclusive um mês para sua conscientização, o câncer de próstata ainda é alvo de preconceito e estigma entre os homens. No entanto, uma vez que a enfermidade pode ser silenciosa, ou seja, não tem sintomas bem determinados, o rastreamento torna-se muito importante.

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“O câncer de próstata, às vezes é indolente, o que quer dizer, não tem sintomas. Então, a gente tem que fazer o PSA, um exame de sangue que detecta o antígeno prostático específico e, associado ao exame de toque, há uma chance de fazer o rastreamento e detectar o câncer de próstata em uma fase inicial”, explica o dr. José Eduardo Távora, coordenador da Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Vila da Serra.

Os exames devem ser realizados, principalmente, a partir dos 50 anos e para que tem histórico familiar do câncer de próstata a partir dos 45.

Sinais de alterações na próstata

Alguns sinais podem indicar para alterações na próstata, o que inclui o câncer. Entre eles estão:

  • Dificuldade para urinar;
  • Levantar muito à noite para usar o banheiro;
  • Termina de urinar e não sentir que esvaziou a bexiga toda;
  • Retornar ao banheiro muitas vezes;
  • Fazer pouca quantidade de urina.
  • Urgência frequente para urinar;
  • E pingos no final da micção.

No entanto, é importante ressaltar que esses sinais podem indicar para outras modificações no funcionamento da próstata. “Outras doenças podem acometer a próstata, como a prostatite, a doença inflamatória infecciosa do órgão, a hiperplasia benigna da próstata, que ocorre com o envelhecimento, e é diferente do câncer de próstata”, reforça o dr. José Eduardo.

“Na prevenção e manutenção da saúde da próstata, como já falamos, são fundamentais o exame de sangue e o exame de toque, que tem devem ser feitos anualmente”, conclui o especialista.

Foi, inclusive, com uma ida ao médico para verificar um inchaço na próstata que o Rei Charles III descobriu um câncer que ele trata atualmente.

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Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia