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A neurocientista e doutora em
O médico neurologista Ignacio Saguier Padilla detalha, ainda ao Infobae, que “o estresse desregula o sistema nervoso tanto de forma aguda quanto crônica. No estresse agudo, há uma liberação intensa de neurotransmissores como noradrenalina e dopamina, enquanto o estresse crônico provoca mudanças estruturais no cérebro, especialmente na amígdala e no córtex pré-frontal”.
Sinais de um sistema nervoso desregulado incluem ansiedade, ataques de pânico, problemas digestivos, insônia, fadiga constante e dores musculares. Entre os fatores que contribuem para essa condição estão o estresse prolongado, traumas, má alimentação, privação de sono e hábitos pouco saudáveis.
Segundo Saguier Padilla, “o sistema nervoso autônomo, formado pelas divisões simpática e parassimpática, tem a função de manter o equilíbrio corporal. Quando há predomínio do sistema simpático, o corpo permanece em alerta máximo; quando o parassimpático predomina, surgem sintomas de apatia e falta de energia”.
O estresse crônico afeta também a memória, o humor, a capacidade de concentração e até as relações pessoais. “A pessoa pode perder desempenho nas tarefas, ficar mais irritada e desenvolver problemas de autoestima, o que aumenta o risco de doenças físicas”, destacou González Alemán.
Como restaurar o equilíbrio do sistema nervoso
Entre as principais recomendações dos especialistas estão:
- Praticar respiração controlada, como inspirar em quatro tempos e expirar em oito.
- Meditação e mindfulness para aumentar o foco no presente.
- Caminhadas lentas diárias, ao menos 15 minutos.
- Atividades físicas suaves como yoga e tai chi chuan.
- Contato com espaços verdes ou azuis para estimular o bem-estar.
- Fortalecer vínculos afetivos saudáveis.
- Evitar telas pelo menos uma hora antes de dormir.
- Jantar cedo e dormir antes das 23h para favorecer a recuperação cerebral.
- Usar cobertores pesados no inverno para promover relaxamento.
“Estas práticas ativam o sistema parassimpático, favorecendo a restauração do equilíbrio físico e emocional”, concluiu González Alemán.