Ouvindo...

O que é esclerose múltipla? Confira sintomas e como diagnóstico é feito

Veja as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da esclerose múltipla.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica considerada rara. Marco Aurélio Lana, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que a esclerose múltipla é uma enfermidade do sistema nervoso central, inflamatória e degenerativa. “Como o próprio nome diz, é múltipla e causa diversas lesões no sistema nervoso, no encéfalo e medula espinhal”, afirma.

De acordo com o portal do Hospital Israelita Albert Einstein, trata-se de uma doença desmielinizante autoimune crônica, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que reveste os neurônios.

Leia também

Geralmente, a esclerose múltipla atinge jovens, entre 20 e 40 anos, sendo predominante entre mulheres. No Brasil, estima-se que existam 40 mil casos da doença, correspondendo a uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes.

Causas da doença

As causas da esclerose múltipla envolvem a predisposição genética combinada a fatores ambientes, como:

  • Infecções virais pelo vírus Epstein-Barr;
  • Exposição ao tabagismo;
  • Ausência de exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D;
  • Obesidade;
  • Exposição a solventes orgânicos.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da doença são:

  • Fadiga;
  • Dormências ou formigamentos;
  • Dor ou queimação na face;
  • Alterações na visão, como vista borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, embaçamento ou erda visual;
  • Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
  • Tonturas e desequilíbrios;
  • Dificuldade de controle da bexiga ou intestino;
  • E problemas de memória, de atenção e do processamento de informações.

“A principal característica da doença é a ocorrência de episódios de surtos, de modo que as pessoas têm sintomas relacionados ao sistema nervoso”, comenta o professor Marco Aurélio Lana. Os ataques podem durar algumas semanas e desaparecer, mas há casos em que a pessoa fica com sequelas.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da esclerose múltipla são utilizados critérios clínicos e exames de imagem. A ressonância magnética de crânio e coluna é a principal ferramenta para o diagnóstico.

O exame de coleta de líquor - LCR (líquido cefalorraquidiano), material extraído por uma punção na coluna lombar, auxilia na confirmação do diagnóstico.

Tratamento

A esclerose múltipla não tem cura, mas conforme Marco Aurélio Lana existem medicações que conseguem controlar a doença e que auxiliam os pacientes a terem uma boa qualidade de vida. “As drogas modificadoras da doença previnem o processo inflamatório que causa as lesões no sistema nervoso. Assim, surtos e ataques podem ser evitados e o indivíduo terá uma vida normal e sem limitações”, explica.

* Com informações de Ana Luísa Sales e Larissa Ricci.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia
Leia mais