Pressionado por aliados bolsonaristas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou atrás em sua fala nesta segunda-feira (15), à respeito de uma declaração feita no fim de semana em que reconhecia a existência de um “planejamento de golpe” de Estado. A fala, dada em um evento em Itu (SP), não agradou a oposição e provocou reação imediata entre parlamentares próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na tentativa de desfazer o impacto, Valdemar afirmou em entrevista à BandNews TV que se tratou de um erro de expressão: “Em vez de falar movimento, eu falei planejamento. Foi um erro meu. Eu estava à vontade e só percebi depois, quando ouvi a gravação”, disse ele. Durante o discurso, Valdemar comentou a condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que, apesar do planejamento, o golpe “nunca existiu de fato”, comparando a situação a um crime de homicídio não consumado. “Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe. No Brasil, se você planejar um assassinato e não tentar, não é crime. O golpe não foi crime”, declarou.
Nas redes, figuras ligadas ao ex-presidente atacaram o dirigente. Fabio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro e crítico de Valdemar desde sua saída do PL em maio, ironizou a falta de preparo: “Abrir a boca sem mínima preparação vai errar sempre”, publicou.
Diante da repercussão, Valdemar buscou reforçar que não pretende minar uma eventual