A deputada federal Tabata Amaral (PSB) apresentou uma série de questionamentos ao Ministério de Relações Exteriores sobre a
Em documento enviado ao chanceler Mauro Vieira, a deputada faz seis perguntas sobre os motivos que embasaram a decisão, como por exemplo, quais órgãos foram consultados e se houve algum diálogo com a sociedade civil.
Tabata questiona ainda se o governo Lula apontou alguma alternativa para seguir promovendo a memória do Holocausto e continuar combatendo o antissemitismo.
“É fundamental que o Ministério das Relações Exteriores apresente informações detalhadas sobre os motivos, os processos de tomada de decisão e as estratégias futuras para garantir que o Brasil continue engajado na promoção dos valores de tolerância, respeito e memória histórica”, avaliou a deputada federal.
Anúncio do Itamaraty
Na semana passada, o governo Lula anunciou que o Brasil não faz mais parte da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês), uma organização internacional criada para o combate ao antissemitismo e memória do massacre dos judeus.
O entendimento do governo é que a adesão à IHRA em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, foi feito de modo displicente.
Fontes do Itamaraty informaram que entre os motivos da saída, que ainda não foi formalizada (o Brasil aparece no site da IHRA como membro observador), estão obrigações que o país deveria ter com a aliança, que envolveria recursos financeiros.
No dia 23, o governo brasileiro formalizou a entrada na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça que acusa Israel de cometer genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O Itamaraty nega que a saída da aliança tenha uma relação direta com a adesão à ação.