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STF marca data para julgar denúncia de coação contra Eduardo Bolsonaro

Filho do ex-presidente é acusado de coação em processo por apoiar sanções dos EUA; defesa nega irregularidades.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai iniciar, no dia 14 de novembro, o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de coação em processo, em razão de sua atuação em favor de sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

O caso será analisado no plenário virtual da Primeira Turma da Corte, formada por cinco ministros.

De acordo com a denúncia, Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo teriam agido para atrapalhar o andamento das investigações relacionadas à trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A PGR sustenta que as manifestações públicas dos dois tiveram o objetivo de intimidar autoridades envolvidas nas apurações. No entanto, a denúncia contra Paulo Figueiredo será analisada separadamente.

Neste momento, os ministros irão decidir apenas se a denúncia deve ou não ser recebida. Caso o STF aceite a acusação, será aberta uma ação penal para investigar o deputado. O julgamento do mérito - que pode resultar em absolvição ou condenação - ocorrerá em uma fase posterior, ainda sem data marcada.

Defesa pública

Responsável pela defesa do filho do ex-presidente, a Defensoria Pública da União (DPU) enviou na sexta-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de rejeição da denúncia apresentada pela PGR contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

A DPU sustentou ainda que não houve tentativa de interferência em investigações da Justiça brasileira e que as declarações atribuídas ao deputado foram apenas críticas políticas, dentro dos limites da liberdade de expressão.

A manifestação foi enviada à Corte após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a defensoria assuma a defesa do deputado, que está nos Estados Unidos, e não constituiu advogado para se defender das acusações.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio