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Privatização da Copasa: deputada rebate Simões e diz que oposição trabalha dentro da legalidade

Nesta quinta-feira (23), estão marcadas três reuniões para retomar as discussões sobre a PEC que retira o referendo para privatização da estatal

Lohanna França (PV), deputada estadual

A deputada estadual Lohana França (PV) criticou uma declaração do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), que disse, em agenda nesta quarta-feira (22), que a oposição precisaria “aceitar” se perdesse o debate sobre a privatização da Copasa e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira o referendo popular para desestatização da companhia.

“Quando ele diz que se perder tem que aceitar, cabe lembrar que o histórico dele depõe contra ele. Porque ele que esteve no palanque de gente, que quando perdeu não aceitou. Ele que subiu no palanque de gente, que quando perdeu a eleição, colocou um monte de gente para quebrar o Congresso, para tentar explodir bomba em aeroporto, para tentar se explodir na frente do Supremo Tribunal Federal. Ele que apoia esse tipo de gente. Não é o nosso bloco, não somos nós”, defendeu a parlamentar.

Pela manhã, o vice-governador afirmou: “No processo democrático, a última vez que eu consultei o PT, ele mesmo dizia que quando a gente perde a eleição e a votação, a gente deve aceitar o resultado. Tenho certeza que os deputados vão saber fazer o que eles mesmos pregam: se perderem a votação, aceitar o resultado”.

Lohana ainda disse que, quando há discordância do bloco de oposição na Casa, há questionamentos dentro da legalidade. “A gente vai ao judiciário, a gente usa os mecanismos de obstrução, todos eles que são mecanismos do sistema democrático e da legalidade. A gente não fala de colocar bomba na porta da Cidade Administrativa ou do Palácio”, alfinetou.

As discussões em torno da PEC do Referendo movimentaram a Assembleia Legislativa nesta semana, com dois dias seguidos, entre essa terça-feira e esta quarta-feira, amarrotados de reuniões plenárias para tratar debater a pauta. É preciso que seis reuniões aconteçam antes que o texto vá para votação em plenário. Por ora, cinco já ocorreram – apesar de a oposição ter questionado a validade de uma das reuniões.

Nesta quinta-feira (23), estão marcadas três reuniões para retomar as discussões sobre a PEC: uma às 10h, uma às 14h, quando deve começar a votação, e uma às 18h.

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