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Presidente do PT defende ampliar federação com PCdoB e PV e quer diálogo com Centrão

Edinho Silva afirmou ainda que todas os nomes fortes petistas terão ‘missão eleitoral’ em 2026, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Hadddad

O presidente nacional do PT, Edinho Silva

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, disse neste sábado (23) que pretende dialogar com outras legendas para ampliar a federação que os petistas formam com o PCdoB e o PV.

“Vou trabalhar neste sentido, para que a gente amplie nossa federação ao máximo. Eu sei que esse é um debate polêmico, toda vez que você trata da ampliação da federação gera uma certa polêmica, inclusive entre nós do PT, mas eu não escondo a minha posição. Eu penso que nós temos que ampliar a nossa federação”, afirmou o petista em coletiva de imprensa na sede do partido, em Brasília, após a eleição da nova Executiva Nacional da legenda.

Edinho pontuou, no entanto, que outro foco é expandir o arco de alianças, a exemplo do realizado em 2022, com a “construção de um amplo movimento democrático”.

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Questionado sobre o distanciamento de partidos do Centrão, como União Brasil, Progressistas e Republicanos, o petista afirmou que irá dialogar com essas legendas para que elas apoiem a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu penso que a entrada desses partidos no governo, com ministérios, com lideranças desses partidos, foi uma decisão dos partidos. E nós vamos continuar dialogando com essas lideranças, são lideranças importantes, para que eles reflitam sobre possíveis contradições criadas pelos dirigentes partidários com relação a eles estarem no governo. Mas nós vamos, evidentemente, disputar essas lideranças até o fim”, declarou.

Candidaturas

Edinho defendeu que nomes fortes do PT sejam candidatos nas eleições de 2026, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cotado para disputar o governo de São Paulo ou o Senado pelo Estado.

“Nossas principais lideranças terão que cumprir papel eleitoral. Nossas lideranças sabem disso. Não fizemos conversas específicas, porque nós temos muito o que avançar nas conversas, mas não tenho nenhuma dúvida que não só o ministro Fernando Haddad, mas todas as demais lideranças que hoje são reconhecidas pela sociedade, terão que ter missão eleitoral em 2026", disse.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.