Após apelos de vários deputados e senadores, inclusive o relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União), o depoente Rubens Oliveira Costa teve a voz de prisão determinada pelo presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos), na madrugada desta terça-feira (23) por crime de falso testemunho.
Foram apontados pelos parlamentares diversas contradições nas falas do administrador, que depõe nesta semana à Comissão.
“A CPMI não será instrumento de blindagem de ninguém. Quem mente vai pagar o preço”, destacou Viana.
O relator havia pedido a prisão de Rubens afirmando que ele entrou como testemunha e saiu como investigado na CPMI, após a apuração de movimentações milionárias em consultorias ligadas ao esquema de fraudes em aposentadorias.
Rubens Oliveira Costa negou ter sido ou ser sócio de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.
Mesmo assim, o relator solicitou prisão preventiva com encaminhamento do pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de prisão em flagrante, em razão da ocultação de documentos durante as investigações.
A expectativa é que, caso o ministro André Mendonça acolha o pedido, Rubens seja conduzido à prisão de forma preventiva, garantindo que as apurações sigam sem riscos de fuga ou ocultação de provas.