Uma audiência pública nesta quinta-feira (25) na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que discute as irregularidades na mineração do estado, investigadas no âmbito da Operação Rejeito, conta com forte presença de servidores do meio ambiente.
Os manifestantes são integrantes, especialmente, do Sindicato dos Servidores do Meio Ambiente (Sindsema). No ato, eles pedem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar as operações sobre a mineração.
Eles também gritam palavras contra representantes do governo de Romeu Zema (Novo) presentes na reunião, entre eles a secretária de Meio Ambiente, Marília Melo, e o controlador-geral do estado, Rodrigo Fontenelle.
Entre as demandas está também o andamento do processo de tombamento da Serra do Curral, em uma estratégia para proteger o território contra a mineração.
A Operação Rejeito foi deflagrada pela Polícia Federal em 17 de setembro, com o apoio da Controladoria-Geral da União, Ministério Público Federal e Receita Federal, cumprindo 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva.
A investigação mira uma suposta organização criminosa que atuava promovendo fraudes em licenciamento ambiental para mineração de ferro em Minas Gerais, com uso de empresas de fachada, pagamento de propinas a servidores públicos e concessões irregulares de licenças ambientais.
