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O que disse a defesa de Bolsonaro na reta final do julgamento no STF

Documento foi entregue nesta quarta-feira (13) ao STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13), os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmaram que não houve tempo suficiente para que a defesa tivesse acesso integral aos autos e elaborasse o documento de forma adequada. O documento tem 197 páginas.

“Em poucas palavras, a defesa atuou sempre sem tempo razoável para o conhecimento da prova. Não houve, neste cenário, contraditório ou defesa ampla”, afirma a defesa.

Segundo a defesa, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, indeferiu o pedido de adiamento da audiência, que havia sido solicitado em razão do “curto tempo” disponível para analisar o material.

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Os advogados também argumentam que, se a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República tiveram meses para ouvir áudios, ler mensagens e analisar todo o material apreendido, o mesmo tempo deveria ter sido concedido à defesa.

“É indispensável a juntada completa da prova aos autos e, para tanto, é obrigatória a concessão de tempo hábil”, sustentaram.

Para os advogados, o fornecimento do material às vésperas e até mesmo durante as audiências “não foi mero acidente”, mas um ato que efetivamente restringiu o exercício do direito de defesa.

Negam tentativa de golpe

A defesa negou as acusações da Procuradoria Geral da República (PGR) e pediu a absolvição do ex-presidente. O documento diz que ele não atuou para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os advogados argumentam, ainda, que não há provas de que Bolsonaro tenha incentivado ou coordenado qualquer ação para inviabilizar a transição de governo.

“Em momento algum Jair Bolsonaro praticou qualquer conduta que tivesse por finalidade impedir ou dificultar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo contrário, sempre defendeu e reafirmou a democracia e o Estado de Direito”, diz a defesa.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.