O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, manifestou apoio às sanções anunciadas nesta quarta-feira (13) pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, contra financiadores das chamadas “missões médicas” de Cuba. Segundo Rubio, a medida atinge funcionários do governo brasileiro, ex-integrantes da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares, acusados de facilitar a entrada de médicos cubanos no Brasil por meio do programa Mais Médicos, sem cumprir requisitos constitucionais.
Entre os nomes citados pelo Departamento de Estado estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador para a COP30 e ex-assessor do Ministério da Saúde. Segundo a acusação, esses e outros envolvidos usaram a Opas como intermediária para repassar recursos ao regime cubano, driblando sanções americanas.
Em nota, Eduardo Bolsonaro disse que a decisão dos EUA “reforça o compromisso de punir regimes autoritários como os de Cuba e os que Moraes e Lula tentam transformar o Brasil”. Ele afirmou ainda que “nem ministros, nem burocratas, nem familiares estão imunes” e prometeu seguir com sua agenda em Washington nesta quinta-feira.
O Mais Médicos foi lançado no governo Dilma Rousseff e, em seu auge, em 2015, contou com 18,2 mil profissionais, sendo 11,4 mil cubanos. Em novembro de 2018, após a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, Cuba decidiu retirar os médicos do programa.