O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu às sanções anunciadas nesta quarta-feira (13) pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, contra funcionários e ex-funcionários ligados ao programa Mais Médicos. Entre os alvos, estão o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, e o coordenador da COP30, Alberto Kleiman.
Padilha classificou os ataques como injustificáveis e reforçou que o Mais Médicos “salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira”. O ministro afirmou que não se curvará “a quem persegue vacinas, pesquisadores e a ciência” e destacou que, no atual governo, o número de médicos do programa dobrou em dois anos. “Temos muito orgulho de todo esse legado, que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Saúde e soberania não se negociam”, declarou.
As sanções anunciadas por Rubio, de origem cubana, acusam as autoridades brasileiras de intermediar recursos ao regime cubano por meio da Opas, no âmbito do Mais Médicos, sem cumprir requisitos constitucionais e driblando sanções impostas a Cuba. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em Washington, apoiou a medida e acusou o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes de tentar levar o Brasil ao caminho de regimes autoritários.
O Mais Médicos foi criado no governo Dilma Rousseff e chegou ao auge em 2015, com 18,2 mil profissionais, 11,4 mil deles cubanos. Cuba decidiu deixar o programa em 2018, após críticas do então presidente eleito Jair Bolsonaro.