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Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro e abre investigação contra advogado

O coronel da reserva do Exército Marcelo Costa Câmara é réu no processo sobre tentativa de golpe

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (18) que o coronel da reserva do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retorne à prisão.

Ele já havia sido preso preventivamente em fevereiro do ano passado, mas foi solto em maio e obrigado a seguir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de utilizar redes sociais e a vedação de se comunicar com outros investigados no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, do qual é réu no STF.

Na decisão desta quarta, Moraes destacou que informações prestadas pela própria defesa indicam que Câmara descumpriu as medidas cautelares impostas a ele. Segundo o ministro, o militar tentou obter, com o intermédio de seus advogados, informações sigilosas sobre o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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“Dessa maneira, são gravíssimas as condutas noticiadas nos autos, indicando, neste momento, a possível tentativa de obstrução da investigação, por Marcelo Costa Câmara e por seu advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, que transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado”, escreveu o ministro.

Ele também determinou a abertura de um inquérito para investigar o advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do militar, por indícios de tentativa de obstrução da investigação.

Marcelo Câmara já foi preso e está sob custódia da Polícia Federal.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.