O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (18) que o coronel da reserva do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retorne à prisão.
Ele já havia sido preso preventivamente em fevereiro do ano passado,
Na decisão desta quarta, Moraes destacou que informações prestadas pela própria defesa indicam que Câmara descumpriu as medidas cautelares impostas a ele. Segundo o ministro, o militar tentou obter, com o intermédio de seus advogados, informações sigilosas sobre o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Dessa maneira, são gravíssimas as condutas noticiadas nos autos, indicando, neste momento, a possível tentativa de obstrução da investigação, por Marcelo Costa Câmara e por seu advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, que transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado”, escreveu o ministro.
Ele também determinou a abertura de um inquérito para investigar o advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do militar, por indícios de tentativa de obstrução da investigação.
Marcelo Câmara já foi preso e está sob custódia da Polícia Federal.