Lula pede ajuda de ex-governadores para aprovar projetos de segurança no Congresso

Em reunião com ministros no Planalto, presidente cobrou articulação pela aprovação da PEC da Segurança Pública e do PL Antifacção, que ainda preocupam o governo

Ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, e a o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o empenho dos ministros que já foram governadores para “sensibilizar” o Congresso em favor da aprovação dos projetos de segurança pública que tramitam no Legislativo.

Lula convocou uma reunião com nove ministros, sendo seis ex-governadores, no Palácio do Planalto. O encontro ocorreu em meio ao impasse na Câmara dos Deputados para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e do Projeto de Lei (PL) Antifacção.

“O presidente queria ouvir um pouco a experiência dos governadores em relação a isso e sobre a tramitação dessa pauta também. Então, foi uma reunião muito interessante e produtiva, porque os nossos ministros ex-governadores reiteraram a importância da aprovação desses marcos legais”, declarou a chefe da articulação política, em entrevista a jornalistas após o encontro.

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Em relação ao PL Antifacção, Gleisi destacou que três pontos do substitutivo (texto alternativo) apresentado pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), ainda geram preocupação no governo:

  • A definição do tipo penal para punir facções criminosas;
  • A alteração dos fundos federais destinados ao financiamento do sistema de segurança;
  • E a perda extraordinária de bens das organizações criminosas.

Gleisi também afirmou que o governo está pronto para fazer o “enfrentamento” político seja qual for a data que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir para colocar o texto em votação.

“Se o presidente colocar, está na pauta, realmente votar, nós temos condições de fazer esse debate. Queremos tentar construir também, colocar as nossas impressões para que avance o relatório, mas senão nós vamos fazer o debate em plenário, vamos apresentar as nossas propostas, porque nós achamos muito importante que a gente tenha respostas aí para fazer esse enfrentamento”, destacou.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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