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Lula diz que EUA ‘tentam criar uma imagem de demônio’ sobre o Brasil

Presidente rebateu um relatório divulgado pelo governo americano que aponta uma deterioração dos direitos humanos no Brasil

Os presidentes do Brasil, Lula (esq.), e dos Estados Unidos, Donald Trump (dir.)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quarta-feira (13) um relatório divulgado ontem (12) pelo governo dos Estados Unidos que aponta para uma deterioração dos direitos humanos no Brasil.

Segundo ele, o que acontece com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tido como perseguido político pelo líder americano, Donald Trump, é o resultado de um Poder Judiciário independente.

“Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar”, afirmou o petista durante a cerimônia de assinatura do plano de contigência ao tarifaço dos EUA.

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Lula afirmou ainda que antes de mencionar a situação dos direitos humanos em solo brasileiro é preciso ”olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil”.

Na mesma linha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as sanções dos Estados Unidos e, sem citar diretamente o governo Trump, listou uma série de coisas que não acontecem no Brasil.

“O Brasil é um país que está sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor. É uma situação inédita e muito incomum no mundo, um país que não persegue adversários, não persegue imprensa, não persegue escritórios de advocacia, não persegue universidades, não persegue imigrantes legais ou ilegais, está sujeito a uma retaliação injustificável do ponto de vista político e econômico, como é o caso do Brasil”, defendeu.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.