Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, condenados na trama da tentativa de golpe, foram levados para cumprir pena no Quartel-General do Comando Militar do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (25). A informação foi confirmada pelo Centro de Comunicação Social do Exército.
Os militares da reserva fazem parte do núcleo crucial da tentativa de golpe, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foi considerado o líder de uma organização criminosa que tentou abolir o Estado Democrático de Direito. Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recebeu 21 anos de prisão, enquanto Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa, recebeu 19 anos.
A defesa do general Augusto Heleno publicou uma nota reafirmando confiar na “inocência” do militar, e questionou a “legitimidade” do sistema de Justiça que o condenou.
“É com profunda indignação que assistimos a um processo que se desvia de sua finalidade, transformando-se em um julgamento de exceção. Quando a influência política e a narrativa se sobrepõem à análise técnica das provas, o Estado de Direito é ferido. A defesa da democracia exige que as instituições sejam e pareçam justas”, pontua o texto.
“Reafirmamos nossa absoluta convicção na inocência do General Augusto Heleno. Diante da ilegalidade e da perseguição, nossa luta pela anulação deste processo viciado e pelo reconhecimento formal de sua inocência será incansável e intransigente”, completa.