A ministra Gleisi Hoffmann (PT) está reunida na noite desta segunda-feira (25), no Palácio do Planalto, com parlamentares da base aliada para definir uma nova estratégia diante da instalação da
O movimento acontece depois de uma reviravolta na ocupação dos principais cargos do colegiado. O governo contava com a presidência e a relatoria da CPMI, mas foi surpreendido pela oposição, que conseguiu emplacar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator.
Contexto da disputa
- A CPMI é composta por 32 deputados e 32 senadores (metade titulares e metade suplentes) e pode funcionar por até 180 dias.
- O governo acreditava que teria o controle da comissão com o senador Osmar Aziz (PSD-AM) na presidência e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) na relatoria, nomes indicados pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta.
- Com a vitória da oposição, o Planalto teme que a comissão se torne palco de discurso político contra o governo, enfraquecendo a narrativa técnica que tenta impor.
Movimentações do governo
Pela manhã, Gleisi já havia se reunido com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e com o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Ficou acertado que haverá reuniões periódicas de monitoramento da CPMI.
Entre as medidas definidas:
- O Ministério da Previdência destacará um representante exclusivo para acompanhar as movimentações do colegiado.
- Gleisi solicitou acesso a todos os dados do INSS para subsidiar a defesa do governo.
- Apesar de declarar maioria na composição da CPMI, a avaliação interna é de que essa vantagem não é sólida para enfrentar votações de requerimentos que possam fragilizar a gestão.
STF também entra no jogo
No Supremo Tribunal Federal, o ministro André Mendonça foi escolhido por sorteio eletrônico para relatar processos ligados ao INSS. O ministro Dias Toffoli havia pedido a relatoria, mas a definição atendeu a um requerimento da Procuradoria-Geral da República.