Parte da bancada estadual do PSD na Assembleia trabalha para que o vice-governador Mateus Simões, hoje no partido Novo, se filie ao PSD em 15 de setembro. Nessa data, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, estará em Belo Horizonte para um encontro com os prefeitos e prefeitas do partido e a bancada estadual e federal da sigla em Minas.
Mateus Simões e o presidente estadual do PSD, Cássio Soares estão em conversação já há algum tempo. Essa é uma filiação ainda não confirmada, mas caso se concretize, terá consequências sobre a sucessão estadual. O senador Rodrigo Pacheco, provável candidato ao governo de Minas, está no PSD. Pacheco tem convites para se filiar ao MDB, ao União e ao PSB.
Enquanto Rodrigo Pacheco tem uma posição política ao centro e bom trânsito da esquerda à direita; Mateus Simões, até aqui, apostava numa vinculação de sua campanha com o bolsonarismo.
Mas no PL de Minas, a preferência entre os bolsonaristas mais autênticos é pela candidatura do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) ou do apoio ao senador Cleitinho, que está no Republicanos. A articulação política de Mateus Simões tentou, sem sucesso, vários movimentos para ganhar o apoio de Cleitinho.
Se confirmada, a filiação de Mateus ao PSD representará uma guinada de sua pré-campanha para fora da órbita do bolsonarismo. É uma movimentação diferente do que tem feito, até aqui, o governador Romeu Zema, pré-candidato à Presidência da República.
Zema jogou todas as fichas na narrativa bolsonarista, viu a sua rejeição crescer em Minas, de janeiro para cá. O governador já sabe que não terá o apoio do ex-presidente da República no primeiro turno.
Neste momento em que avalia a migração para o PSD, Mateus Simões reconsidera a sua estratégia de campanha. Mas entre o que desejam alguns deputados estaduais do PSD e a concretização dessa filiação há uma distância. A conferir os desdobramentos.
